A foto acima é de João Cavalazzi, profissional da área de
comunicação do prefeito de Florianópolis, Cezar Júnior. Ao redor da mesa, quase
soterrados pelas contas espetadas e não pagas pelo prefeito anterior, estão os
secretários da Administrração, Goiverno, Finanças, e o procurador Júlio
Marcelino Júnior.
. As pilhas formam 726 processos de um programa que o
novo prefeito intitulou Redívidas. O prefeito Cezar Júnior ia fornecer mais
detalhes, incluisve valores, em coletiva agendada para esta sexgta-feira, mas a
chegada da Força Nacional de Segurança a Florianópolis, obrigou-o a mudar os
planos.
. No RS, dezenas de prefeitos gostariam de repetir o
gesto de Cezar Souza. Além de dívidas inacreditavelmente altas, como a que
herdou o prefeito Aníbal Moacir, São Leopoldo, que já contabilizou R$ 360
milhões, os novos prefeitos depararam-se com contratos, convênios e
"acertos" imorais com terceirizados e até segmentos do funcionalismo
público. O editor tem informações pessoais de casos escabrosos, como um
contrato de serviço de lixo assinado por 20 anos entre a prefeitura de São
Leopoldo e a Vega, terceirizados que prestam serviços de patrolagem e recebem
por eles até mesmo quando estão parados por causa da chuva, grupos de
servidores que "acertaram" um plus salarial, neste caso formado por
horas extras jamais prestadas. São vespeiros que nem sempre acabam sendo
enfrentados, graças ao corporativismo e às teias de interesses formados em
torno deles.
O TCE poderia ajudar os novos gestores municipais, avocando para si o ônus de examinar os contratos e
convênios, e obrigando os novos prefeitos a entrar em ação. Eles
agradeceriam.