De acordo com
reportagem divulgada neste domingo 9 pelo jornal o Estado de São Paulo, as
contas de planos odontológicos e de saúde dos senadores brasileiros custaram,
em média, R$ 6,1 milhões ao ano entre 2008 e 2012.
Primeiro a defender a moral e os bons costumes na tribuna
do Senado, em posição semelhante ao do tristemente famoso moralista Demóstenes
Torres, José Agripino Maia, presidente do DEM, espetou uma conta de R$ 51 mil,
em 2009, referentes à implantação de 22 coroas de porcelana aluminizada. Uma
opção estética, como destacou a reportagem do Estadão. Agripino justificou como
necessidade:
- Ia jantar, e caía, disse ele.
Intocável, até o senador Pedro Simon (PMDB-RS) aparece na
lista dos beneficiados pelo plano de saúde do Senado. Ele obteve ressarcimento
de R$ 62,7 mil em gastos com tratamento dentário em 2012.
Também procurou ficar alinhado com o dinheiro do público,
que alimenta os cofres do Senado na forma de pagamento de impostos, o
ex-senador Milton Cabral.
Beneficiário direto do fato de o plano de saúde do Senado
ser vitalício, e extensivo a parentes dos políticos, Cabral, que encerrou seu
último mandato em 1986, lançou, no ano passado, na contabilidade do Senado,
notas fiscais com gastos R$ 5,1 mil para pagamento de aplicações de botox em
nome dele e da mulher. É a chamada estratégia "se colar, colou",
usada porque, até aqui, o plano de saúde do Senado não é fiscalizado por
qualquer tipo de auditoria.