Sartori apela aos deputados para que votem pelo fim da crise salarial

Deputados da base vão propor que o governo aceite até mesmo um compromisso moral no caso dos depósitos, vinculando 100% do dinheiro para pagamento de salários, o que lhes permitiria votar de imediato todo o pacote de 10 projetos. - 

Em encontro marcado para as 17h,desta segunda-feira,  o governador José Ivo Sartori pedirá aos deputados da base para que aceitem votar pelo menos 10 propostas do Poder Executivo.

A solução imediata da crise dos salários está totalmente nas mãos dos deputados.

Caso aprovem o pacote, o governo levantará dinheiro suficiente para pagar todos os atrasados salariais e garantir o pagamento em dia até o final do ano. 

"O Brasil é um doente em estado terminal", diz o Financial Times

S&P corta grau de investimento do Brasil e coloca a nota do país em perspectiva negativa

Se o Brasil fosse um paciente internado, os médicos da UTI já o teriam diagnosticado como doente terminal", avalia o jornal britânico "Financial Times", especializado na cobertura de temas econômicos.


"Os rins têm falhado; o coração vai parar em breve. A economia está uma bagunça", segue o texto da publicação, que avalia que a desordem nas contas públicas, com gastos elevados por parte do governo, é a razão por trás da decisão da agência de risco Standard & Poor's, que rebaixou a nota de investimento do país, na última semana. 

Com o rebaixamento, a nota do país caiu de BBB- para BB+ e o Brasil perdeu o selo de "bom pagador". Esse selo, que é um reconhecimento de que o país é um lugar seguro para os investidores, costuma ser exigido por fundos de investimento e de pensão bilionários para aplicar em títulos de dívida.

Ainda segundo o "Financial Times", dado o ambiente externo desfavorável, com a economia da China desacelerando, o colapso nos preços das commodities e altas taxas de juros nos Estados Unidos, o "sofrimento" do Brasil está apenas no começo.

Solução para salários em dia do funcionalismo estadual depende exclusivamente da Assembléia do RS

CLIQUE AQUI para ver comentário do editor, intitulado "RS exige esforço concentrado da Assembléia para sair da crise". - 


Caso os deputados estaduais gaúchos usem de algum tipo de pragmatismo, aprovarão esta semana o pacote principal dos projetos enviados por Sartori (liberação de mais depósitos judiciais e aumento do ICMS) e com isto garantirão dinheiro suficiente para que o governo faça a transição até o início da cobrança do novo imposto, janeiro.

Os deputados poderão exigir que o governo assuma o compromisso de usar o novo limite de saques dos depósitos judiciais exclusivamente para pagar salários.

Com este nó de urgência desfeito em tempo, os deputados terão mais prazo para aprofundar a aprovação dos demais projetos do ajuste fiscal.

Mais duas parcelas dos salários atrasados do funcionalismo estadual serão pagas nestas segunda e terça-feiras

O governo Sartori pagará nesta segunda-feira a terceira parcela dos salários de agosto do fncioonalismo, depositando R$ 1 mil por cabeça.

No dia seguinte, serão mais R$ 800,00.

Com estes R$ 1.800,00, o governo pensa quitar o total devido para 67% da sua Folha,.

O dinheiro restante será pago dia 22.

Os salários de setembro também atrasarão, mas o governo só divulgará o calendário de pagamento no último dia do mês.

Dólar já subiu 45,83% este asno

Valorização do dólar, este ano:

Sexta-feira, +0,69%
Semana passada, +0,43%
Setembro, +6,89%
No ano, 45,83%

Impostômetro marca R$ 1,4 trilhão arrecadado este ano no Brasil

Até as 17h14min, hoje, R$ 1,4 trilhão arrecadados de impostos em todo o País, este ano. O placar é do painel instalado em São Paulo.

O governo do PT tem pouco mais de um mês para por a casa em ordem

O artigo de Vinicius Torres Freire foi publicado na edição deste domingo da folha e intitula-se "Luta de classes na Ilha Fiscal". Ele tem tudo a ver com o editorial de capa do jornal, que concede uma última chance para que Dilma se acerte. Vinicius Torres Freire diz qual é o prazo para que ela aproveite a última chance: 57 dias. Se ela não resolver o que fazer até novembro, será apeada do Poder.

Entenda o que e quem está por trás de tudo.

Leia:

Há um grupo de empresários ativo na política da crise que "tolera" aumento de impostos mas "encaminha sugestões" de corte de despesas públicas, tem paciência limitada e pragmática com Dilma Rousseff e prefere que a saúde do governo se estabilize, ainda que em nível crítico, até antes de novembro.

Essa é a cara simpática da coisa. Algumas dessas pessoas não acreditam que o governo vá arranjar os mais de R$ 60 bilhões que faltam para que se entregue um projeto de Orçamento com superavit primário de 0,7% do PIB em 2016. A maioria, aliás, nem se ocupa desses detalhes.

Os bons economistas que trabalham para essas pessoas, quase todos com passagens pelo governo, fazem previsões disparatadas de resultado primário, de zero a deficit de 1% do PIB em 2016, diferença de mais de R$ 60 bilhões.

Então qual é a conversa? Sem novidades no front, afora a ideia de que o governo tem um mês, por aí, para arrumar qualquer coisa que ponha ordem na casa.

Todo mundo parece cônscio do calendário da crise: Lula ameaça largar Dilma, em outubro o TCU manda as contas condenadas da presidente ao Congresso e em novembro o PMDB pode pular do barco.

No mais, trata-se de:

1) Manter Joaquim Levy, por ora a âncora de um plano do que, acham, deve ser feito da política econômica. No mínimo, porque ainda não sabem o que viria após Levy ou Dilma-Levy, para nem falar do tumulto da transição e do "povo na rua";

2) Estabilizar a situação, dar "um jeito" no Orçamento de 2016, com cortes sociais "inevitáveis" e contenção de reajustes de salário mínimo e servidores. Tudo de modo a preparar talho mais "estrutural": reforma administrativa, revisão de contratos, Orçamento "base zero" e cadeado de gastos do INSS. Se necessário, algum "sacrifício": até imposto ruim (variantes de CMPF) e, ora vejam, sobre heranças ("não vai render grande coisa").

Essa é uma versão bem organizada do que se diz. Essas pessoas não estão preocupadas com tecnicalidades. Têm "programas" tão informais quanto isso que se aqui se chama de "grupo": são mais uma rede de banqueiros maiores, empresários grandes e consultores. Todos dão palpites discretos ou participam de discussões de assuntos públicos, mas de hábito se mantêm à margem da política. Pode-se chamá-los, por comodidade, de "Comitê Levy".

Há ao menos um outro "comitê", com muitos industriais, de gente mais envolvida em política, vários próximos do PMDB. Seguram-se para não pedir explicitamente a cabeça de Dilma. Como parte relevante do PMDB, vários têm birra de Levy. Quanto ao destino da presidente, importam-se mais com o "timing" político do que com a economia.

Fazem campanha furiosa contra impostos. Vários sentem saudade do "nacional-empresismo" do desenvolvimentismo dilmiano. Seriam o Comitê Industrialista. Alguém pode chamá-los de Linha Fiesp-Firjan-CNI, mas nesse mundo também há divergências grandes.


Aliás, é difícil ouvir empresário e executivo de qualquer ramo que não queira ver a presidente pelas costas já. Foram contidos graças às declarações públicas de banqueiros maiores pedindo "calma, pessoal" –muitas dessas pessoas temem banqueiros grandes. Mas a paciência parece se esgotar em todas as frentes.

Impeachment de Dilma começará a ganhar movimento terça-feira na Câmara

Nesta terça-feira, o grupo de parlamentares que quer a saída de Dilma, protocolará formalmente pedido ao presidente da Câmara para que se decida sobre os 13 pedidos de impeachment em seu poder.

É a senha para que Eduardo Cunha mande arquivar todos eles.

A manobra visa apenas aplainar caminho para que o plenário repila sua decisão e inicie o julgamento da presidente.

Artigo, Ferreira Gular, Folha - O fim do caminho

Escrevi, certa vez, que a geração ideológica que havia combatido a ditadura e que assumiu o poder no Brasil após o regime militar chegava ao seu fim, isto é, cumprira a sua função e se esgotava.
O grupo liderado por Fernando Henrique Cardoso, de uma esquerda moderada, governou até 2002, quando Luiz Inácio da Silva ganhou as eleições e, com isso, a facção mais radical daquela geração assumiu o governo e nele se manteve até agora, no segundo mandato de Dilma Rousseff. Essa é uma geração que, em diferentes graus, situava-se à esquerda dos que apoiaram a ditadura e se aliou, consequentemente, aos partidos que pregavam o marxismo, embora não fosse aquele seu pensamento.
Nesse quadro, nasceu o Partido dos Trabalhadores, liderado por um operário e formado por simpatizantes da Revolução Cubana. Mas os grupos guerrilheiros foram destroçados, e o sistema soviético em seguida desabou.
Desse modo, quando o PT chegou ao poder, as fantasias revolucionárias já estavam fora de moda. Além disso, os escândalos do mensalão e, agora, as delações da Operação Lava Jato revelaram que, se Lula e seu pessoal foram de fato revolucionários algum dia, ao chegarem ao poder mudaram de projeto.
Imagino o que se passou na mente dos petistas: se a postura revolucionária não tinha mais cabimento, que fazer com o poder que lhes caíra no colo? Antes de tudo, não deixar que viesse a escapar-lhe das mãos e, para consegui-lo, a providência fundamental era manter e ampliar o apoio do eleitorado pobre.
Isso, por um lado; por outro, não dividir com ninguém os cargos importantes da máquina do Estado, como os ministérios e as grandes empresas estatais. Aliou-se, então, aos pequenos partidos, aos quais, em vez de dar altos cargos, comprou com dinheiro público: o mensalão.
Tendo nas mãos os ministérios e as estatais, infiltrou-os com a nomeação de mais de 20 mil "companheiros", sem concurso, a fim de que cedessem parte do salário ao partido e trabalhassem pela ampliação do número de novos militantes a favor do governo.
Mas isso não era tudo. O principal residia na apropriação das grandes empresas do Estado e particularmente da maior delas –a Petrobras. Ficou comprovado, na Operação Lava Jato, que, desde 2003– quando Lula assumiu o governo–, criou-se na Petrobras um "clube", formado por altos funcionários, ligados aos partidos do governo, e representantes de grandes empreiteiras, que prestavam serviço à empresa. As licitações –que envolviam centenas de milhões de reais– eram manipuladas de modo que, em rodízio, cada uma daquelas empresas obtivesse os contratos.
O custo das obras era então duplicado e as propinas distribuídas aos partidos e participantes das falcatruas, disso resultando, para a Petrobras, prejuízos bilionários, por ela mesmo admitidos.
A tais prejuízos somam-se os resultantes de negociatas envolvendo a compra e a construção de refinarias. E era Lula quem acusava seus opositores de pretenderem privatizar a Petrobras. Ele, de fato, não a privatizou: apropriou-se dela.
Lula e sua turma agem sem remorsos, uma vez que, sendo eles os defensores dos verdadeiros interesses nacionais, julgam-se com o direito de se apropriarem dos bens públicos.
Vou dar um exemplo. Há algum tempo, antes da Lava Jato, uma senadora do PT, indagada sobre os crescentes prejuízos sofridos pela Petrobras, respondeu: "Só quem se preocupa com isso são os acionistas. A Petrobras existe para servir ao povo".
Ou seja, não tem de dar lucro. Agora, a Operação Lava Jato mostrou que a sua eleição ao Senado, em 2014, foi financiada com propinas da Petrobras e, assim, dá para entender a sua tese: a senadora é o povo.
Esse é um tipo de populismo que, se arvorando defensor dos pobres, atribui-se o direito de usar de qualquer meio, inclusive a corrupção, para manter-se no poder.
Lula e Dilma só não contaram com duas coisas: que a gastança demagógica levaria o país à crise econômica e que suas falcatruas seriam reveladas à opinião pública.
O engodo se desfez, a credibilidade dos petistas despencou. Qual será o desfecho dessa comédia não sei dizer, mas que o lulopetismo já não engana a quase ninguém, não resta dúvida. 


Assine você também o pedido de impeachment de Dilma. Faça isto, aqui.

Até as 16h deste domingo, 800 mil brasileiros tinham assinado o pedido de impeachment de Dilma Roussef.

Só alguns milhões de assinaturas poderão funcionar como verdadeiro bafo na nuca dos congressistas.

A meta de hoje é chegar a 1 milhão.

Ajude. CLIQUE AQUI para assinar. E mande o link adiante.

Lewandoswky usa comentário oblíquo para ameaçar Sérgio Moro

Ele voltou. -


Neste artigo de hoje no jornal Folha de São Paulo, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandosky, esgrime grosseiramente a ameaça de que está disposto a lançar sanções contra o juiz Sérgio Moro, claro, sempre em nome da nova prática jurídica defesa do PT.

Leia tudo

Judicatura e dever de recato

Por Ricardo Lewandowski

É antigo nos meios forenses o adágio segundo o qual juiz só fala nos autos. A circunspecção e discrição sempre foram consideradas qualidades intrínsecas dos bons magistrados, ao passo que a loquacidade e o exibicionismo eram –e continuam sendo– vistos com desconfiança, quando não objeto de franca repulsa por parte de colegas, advogados, membros do Ministério Público e jurisdicionados.

A verbosidade de integrantes do Poder Judiciário, fora dos lindes processuais, de há muito é tida como comportamento incompatível com a autocontenção e austeridade que a função exige.

O recato, a moderação e mesmo a modéstia são virtudes que a sociedade espera dessa categoria especial de servidores públicos aos quais atribuiu o grave múnus de decidir sobre a vida, a liberdade, o patrimônio e a reputação das pessoas, conferindo-lhes as prerrogativas constitucionais da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos para que possam exercê-lo com total independência.

O Código de Ética da Magistratura, consubstanciado na Resolução 60, de 2008, do Conselho Nacional de Justiça, consigna, logo em seu artigo 1º, que os juízes devem portar-se com imparcialidade, cortesia, diligência, integridade, dignidade, honra, prudência e decoro.

A incontinência verbal pode configurar desde uma simples falta disciplinar até um ilícito criminal, apenada, em casos extremos, com a perda do cargo, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.

A Lei Complementar nº 35, de 1979, estabelece, no artigo 36, inciso III, que não é licito aos juízes "manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos ou em obras técnicas ou no exercício do magistério".

O prejulgamento de uma causa ou a manifestação extemporânea de inclinação subjetiva acerca de decisão futura, nos termos do artigo 135, V, do Código de Processo Civil, caracteriza a suspeição ou parcialidade do magistrado, que permitem afastá-lo da causa por demonstrar interesse no julgamento em favor de alguma das partes.

Por mais poder que detenham, os juízes não constituem agentes políticos, porquanto carecem do sopro legitimador do sufrágio popular. E, embora não sejam meros aplicadores mecânicos da lei, dada a ampla discricionariedade que possuem para interpretá-la, não lhes é dado inovar no ordenamento jurídico.

Tampouco é permitido que proponham alterações legislativas, sugiram medidas administrativas ou alvitrem mudanças nos costumes, salvo se o fizerem em sede estritamente acadêmica ou como integrantes de comissões técnicas.

Em países civilizados, dentre eles o Brasil, proíbe-se que exerçam atividades político-partidárias, as quais são reservadas àqueles eleitos pelo voto direto, secreto e universal e periódico. Essa vedação encontra-se no artigo 95, parágrafo único, inciso III, da Constituição.

Com isso, não só se impede sua filiação a partidos como também que expressem publicamente as respectivas preferências políticas. Tal interdição mostra-se ainda mais acertada porque os magistrados desempenham, ao par de suas relevantes atribuições, a delicada tarefa de arbitrar disputas eleitorais.

O protagonismo extramuros, criticável em qualquer circunstância, torna-se ainda mais nefasto quando tem o potencial de cercear direitos fundamentais, favorecer correntes políticas, provocar abalos na economia ou desestabilizar as instituições, ainda que inspirado na melhor das intenções.

Por isso, posturas extravagantes ou ideologicamente matizadas são repudiadas pela comunidade jurídica, bem assim pela opinião pública esclarecida, que enxerga nelas um grave risco à democracia.

Ricardo Lewandowski, 67, professor titular da Faculdade de Direito da USP, é presidente do STF - Supremo Tribunal Federal e do CNJ - Conselho Nacional de Justiça


HSBC começa a cortar as barbas

Os bancários do HSBC começaram a cortar as barbas. O novo patrão, Bradesco, não gosta de barbas. A transição impõe outras mudanças, mas necessariamente não significará corte significativo de empregados e agências.

Em Porto Alegre, existem poucas superposições de agências dos dois bancos.

Artigo, Pedro Lagomarcino - O (des)governo e a (re)construção da Bastilha no Brasil

Brasília, 7 de setembro de 2015.
       
Mais uma vez, uma medida do atual (des)governo federal marcou a história do país. Lamentavelmente, mas é fato. Fruto de um atavismo intelectual e moral sem precedentes foi determinada a (re)construção dos “muros” da vergonha, nas imediações do Palácio do Planalto, para separar o povo, de sua principal mandatária, a Presidenta da República. Com isso, desfez-se, por si só, um autofágico discurso de que era possível reunificar o Brasil e haver uma reunificação. O (des)governo que tanto se dizia popular expôs a céu aberto sua total impopularidade.

É uma constatação: o nível deste atavismo intelectual e moral desafia senão a história do Brasil, a história de um dos países mais civilizados do primeiro mundo. Se em 1789 a França derrubou os muros da Bastilha do Ancien Régime, através do que representou (e ainda representa) o movimento intelectual da Revolução Francesa, o (des)governo federal do Brasil, na contramão da história e da evolução, determinou a (re)construção destes “muros”, de modo a transformar o habitat do Palácio do Planalto, numa verdadeira Bastilha. Uma espécie de ode intempestivo ao absolutismo. Algumas diferenças são visíveis neste retrocesso, com mais de 225 anos, é claro. A primeira é que na Bastilha brasileira não se encontram intelectuais aprisionados para serem salvos, tal como havia na Bastilha francesa. Pelo contrário, os intelectuais brasileiros estão, aos milhões, do lado de fora, e clamam pela salvação, mesmo que em liberdade. Um paradoxo. A segunda é que as armas existentes dentro da Bastilha brasileira são, consideravelmente, mais leves e mais letais que as encontradas na Bastilha francesa do século XVIII. Vai ver são os sinais dos tempos. Em vez de pólvora, fuzis e canhões, simplesmente as armas brasileiras são canetas utilizadas para “dar canetaços”, por dezenas de mãos que detém o poder e que estão manchadas de tinta, pela prática reiterada, ao longo de 12 anos, de toda espécie de crimes, seja por ação, seja por omissão, seja com intenção ou culpa, destaco, contra a soberania do país, contra o povo brasileiro ou contra a Administração Pública.
       
No papel, consta que somos uma república federativa e que vivemos em uma democracia, “só que não”. Isso foi tornado visível com claridade solar, através da maior estrela, a Soberana Dilma Rousseff, a qual fez questão de registrar na íris dos cidadãos brasileiros a existência de um gigantesco hiato entre o discurso e a prática. Hiato este bem traduzido pela distância imposta a cada brasileiro, do Rolls-Royce presidencial, do qual a Soberana acenava, não se sabe para quem, como se nada estivesse acontecendo ou por acontecer. Eis o retrato do desfile da Independência: um (des)governo manifesto, isolado, distante, incapaz, apático, esfacelado, sitiado dentro de si mesmo e completamente dependente de tudo que engendrou. A (re)construção dos “muros” da vergonha é o símbolo desta ideologia. Sobrou até para os militares, que no dia seguinte, tiveram de engolir um “canetaço Dilmático”, qual seja, o Decreto nº. 8.515/15. Em síntese, com tal ordem, as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) foram tratadas como aspirantes a escoteiros do Ministro da Defesa. Sim, pasmem, este mesmo que usa boné vermelho do MST.
       
São milhares de outros “muros” já instalados pelo (des)governo federal. “Muros” que representam a existência de uma verdadeira fábrica federal para instalação em série, de tudo que se tenha por inefetivo, em termos de gestão. Contanto que na gestão ocorra o locupletamento ilícito de verbas públicas, a fábrica federal de “muros” não apenas possui expertise, como é hors concurs. “Muros” simbolizados pelo tamanho de tantas mentiras contadas e concretizadas pelas autoridades, das quais se infere que informações oficiais, hoje, se tornaram apenas a acepção do que se concebe como pífio. “Muros” de uma organização criminosa travestida de ParTido PolíTico. “Muros” de corrupção, de improbidades, de imoralidades, de fraudes, de ilegalidades das mais diversas. “Muros” que ao serem instalados em série afetaram a geografia do território brasileiro, ensejando em um passe de mágica, a construção de mansões ou de castelos e de novos xeiques. A altura e extensão destes “muros” faz a muralha da China passar vergonha, quando vista do espaço sideral. “Muros” para delimitar as plantações de “laranjas” que frutificaram de norte a sul, como seus “empresários bem sucedidos”, ou “doutores com trânsito político”; ilustres desconhecidos que viraram celebridades, do dia para a noite, ostentando patrimônios completamente incompatíveis com seus vencimentos. Um misancene da ilicitude ou da volatilidade de suas vidas, uma e outra dissolvidas logo na próxima investigação policial ou no próximo processo, tal como se dissolve um monte de açúcar, com o primeiro jarro de água. Milhares de famílias se beneficiaram (e ainda se beneficiam) direta ou indiretamente deste “negócio” imoral e criminoso, às custas de milhões de brasileiros, através de um engodo apresentado ao mundo, com ares de nobreza ou como produto de um exemplar processo democrático, como se todos fossemos milhões de Cândidos. Só o Brasil mesmo para se tornar uma universidade de autoridades Panglossianas. Autoridades estas, das mais diversas, agraciadas como as respectivas moedas de trocas, de modo que cada uma, tal como quem se vende, certamente, recebeu mais do que realmente vale. Ministros se reunindo a portas fechadas com lobistas e empreiteiros que eram investigados e réus em processos. Quanta deferência para alguns, não é Excelências!
       
Até percentuais foram fixados, conforme o vulto de cada “negócio”, nos contratos da Petrobrás, para este ou para aquele partido, como propina. E quando tudo veio à tona, fomos “bombardeados” com propagandas em horário nobre, tentando nos fazer crer, que o sentimento que embalou os sonhos de gerações de um país, quando a referida Estatal foi fundada, nas promessas de uma nação com futuro próspero, é o mesmo que está nos corações de todos que agora. Uma manobra midiática, a duros golpes televisivos, tentando causar nos brasileiros um ufanismo, do inufanável, como se não soubéssemos discernir a mentira, da verdade. Os corações sabem ter pagado tributos por muito tempo, mais do que podiam e, por nada, porque os gestores do (des)governo foram os próprios usurpadores do poder. Não fosse isso, por que se cogita ainda novos tributos? Por que (re)implementar a CPMF? Por que aumentar a carga tributária? E por que não reduzir a carga atual? E os “muros” seguiram sendo construídos e sustentados não por nós brasileiros, porque nós jamais saberemos, com exatidão, as cifras do que revelou seja o mensalão ou a operação lava-jato. Não porque elas são imensuráveis, mas porque em se tratando de absolutismo, ou seja, de Brasil, somos inigualáveis na aplicação da Lei... a Lei do laissez faire, laissez aller, laissez passer (deixar fazer, deixar ir, deixar passar). Uma panaceia da irresponsabilidade das autoridades constituídas.
       
Se nos reportarmos ao período eleitoral, quando a Soberana postulava a reeleição, o povo já tinha ficado atônito ao assistir o conselho dado a uma economista (com MBA) que para se recolocar no mercado de trabalho e ter um emprego deveria fazer os cursos do Senai ou do Pronatec. Não bastasse isso, o povo sabe e sente na carne imperar a falta de empregos no Brasil, a despeito da Soberana ter afirmado não existir desemprego no país, em plena campanha de reeleição. O povo já sentia náuseas da Soberana ter posado com ares de indiferença, quando soube do agradecimento pelos “relevantes serviços prestados à nação”, a quem estava no Conselho de Administração da Hidrelétrica de Itaipú, sendo que este cidadão ao deixar o cargo, o fez sob as mais pesadas investigações da operação lava-jato. Que serviços foram estes e que nação foi esta é que gostaríamos de saber. Certo que não eram serviços recomendáveis. Mais certo ainda que a nação não pode ter sido o Brasil. Aliás, também é certo que este “companheiro de alguns” foi reconhecido por muitos dos investigados na referida operação, como “Moch”, dada a perfeita identidade com os traços e as funções do carregador de... tcham, tcham, tcham... mochilas de dinheiro ilícito, para todos os cantos do país. Como se se já não bastasse seu antecessor na tesouraria do ParTido ter sido condenado, pelos mesmos crimes em que é investigado. O povo, até hoje não entende como ficava sabendo de tudo pelos meios de comunicação de massa e a Soberana, mesmo sendo detentora do poder e de todas informações da Administração Pública, inclusive as reservadas, as restritas, as confidenciais, as sigilosas, e as de segredos de estado, alegava levianamente, ou melhor, de forma trêfega, que não sabia de nada, seguindo a descompostura exemplar de seu antecessor, com “auréola de santo”, em outros tempos. O povo não tem mais condicionamento físico, para suportar as tantas “pedaladas fiscais”. Sente-se traído, quando dia a dia, desembrulha o pacote das promessas de campanha, todas sem exceção, reveladas como mentiras e provas cabais da violação axiológica do teor de cada voto computado. Se é que houve lisura no processo eleitoral, pois o sistema adotado pelo Brasil foi rejeitado pelo Paraguai, pasmem, por falta de segurança e credibilidade. Pelo Paraguai! É dose! O povo foi subestimado com as tentativas do (des)governo de tentar proibir a CPI do BNDES, para que não viessem à tona negócios escusos, a exemplo dos feitos com o governo de Cuba, bem como diante da prevaricação e da omissão da Soberana, dado o “êxito dos negócios” de um comerciante que, em um ano, não passava de alguém que atuava no ramo de fechamento de varandas e, do dia para noite, apareceu com duas empresas de engenharia (mesmo sem ser engenheiro) estabelecidas em Angola, só que agora, seus negócios eram enlaçados com a Odebrecht, via BNDES, simplesmente, por ser conhecido na Corte, como “sobrinho de Lula”. Não cabe mais a Soberana culpar o tomate da sexta básica pela inflação, nem saudar a mandioca, como uma das maiores conquistas do Brasil. Verdade seja dita, não cabe mais muita coisa. E o que principalmente não cabe mais é esperar, porque se tudo continuar como está, não restará mas Brasil dentro de poucos meses.
       
“Muros” que pareciam muralhas. Aos olhos de quem os construiu e de quem os permitiu construir, pareciam intransponíveis. Aos olhos de quem sentiu na carne, realmente, o impacto da construção de cada um, seus construtores sempre foram pequenos, muito pequenos. “Muros” que não servem para edificar um país. Estes “muros” nos separam e nos destroem e não podem ser tratados como uma empreitada que nos enriquece.

       
Impõe-se cassar as canetas deste absolutismo e defenestrar, pelas vias constitucionais, democráticas e republicanas, estas autoridades da vida pública brasileira.

Opinião do editor - Chegou a hora de enfrentar a vanguarda do atraso parlamentar e as corporações

Os deputados estaduais gaúchos parecem ignorar as dramáticas consequências da crise fiscal do governo estadual e não são capazes de se debruçar para valer em cima das quatro dezenas de projetos enviados por Sartori, todos eles destinados a minimizar imediatamente os seus piores efeitos sobre o funcionalismo e a vida social e econômica, mesmo que por curto prazo, abrindo caminho para soluções realmente sustentáveis. 
Os três pacotes já em poder da Assembléia, são indicativos de que o governo achou uma lógica interna para promover a reforma do Estado, solução adiada há pelo menos 20 anos por decisão do próprio eleitorado. As raivosas manifestações de contrariedade da oposição e das corporações que criaram o abismo, não pode servir de pretexto para a paralisia parlamentar, sobretudo porque ela apóia majoritariamente o governo e foi ungida pelo eleitorado para implementar as mudanças. 

Jornais gaúchos ignoram a crise que a Folha enxerga na capa da edição deste domingo

Porto Alegre, que já chegou a ter seis jornais diários circulando aos domingos e que hoje possui apenas dois, Zero Hora e Correio do Povo, amanheceu hoje sem saber que as crises econômica e política brasileiras são as mais graves desde a queda de Collor de Melo.

Os assuntos principais das capas dos dois jornais preferiram examinar o financiamento de campanha (Correio do Povo) e os guardiões da tradição (Zero Hora).

Folha dá "última chance" para Dilma Roussef

Neste editorial, o jornal Folha de S. Paulo avisa que Dilma Roussef tem uma última chance para colocar nos eixos o seu governo e com isto estabilizar as crises econômica e política, evitando a pior crise social. 

É uma situação extraordinária.

Tanto que o editorial foi parar na primeira página, repetindo o que fizeram os grandes jornais fizeram às vésperas do golpe de 64, quando pediram a cabeça de Jango. O jornal Correio da Manhã da época, o mais vigoroso opositor de Goulart publicou uma série de editoriais de capa, um deles intitulado "Basta", poucos dias antes do golpe.

Leia a Folha de hoje:

Às voltas com uma gravíssima crise político-econômica, que ajudou a criar e a que tem respondido de forma errática e descoordenada; vivendo a corrosão vertiginosa de seu apoio popular e parlamentar, a que se soma o desmantelamento ético do PT e dos partidos que lhe prestaram apoio, a administração Dilma Rousseff está por um fio.

A presidente abusou do direito de errar. Em menos de dez meses de segundo mandato, perdeu a credibilidade e esgotou as reservas de paciência que a sociedade lhe tinha a conferir. Precisa, agora, demonstrar que ainda tem capacidade política de apresentar rumos para o país no tempo que lhe resta de governo.

Trata-se de reconhecer as alarmantes dimensões da atual crise e, sem hesitação, responder às emergências produzidas acima de tudo pela irresponsabilidade generalizada que se verificou nos últimos anos.

Medidas extremas precisam ser tomadas. Impõe-se que a presidente as leve quanto antes ao Congresso –e a este, que abandone a provocação e a chantagem em prol da estabilidade econômica e social.

Também dos parlamentares depende o fim desta aflição; deputados e senadores não podem se eximir de suas responsabilidades, muito menos imaginar que serão preservados caso o país sucumba.

É imprescindível conter o aumento da dívida pública e a degradação econômica. Cortes nos gastos terão de ser feitos com radicalidade sem precedentes, sob pena de que se tornem realidade pesadelos ainda piores, como o fantasma da inflação descontrolada.

A contenção de despesas deve se concentrar em benefícios perdulários da Previdência, cujas regras estão em descompasso não só com a conjuntura mas também com a evolução demográfica nacional. Deve mirar ainda subsídios a setores específicos da economia e desembolsos para parte dos programas sociais.

As circunstâncias dramáticas também demandam uma desobrigação parcial e temporária de gastos compulsórios em saúde e educação, que se acompanharia de criteriosa revisão desses dispêndios no futuro.

Além de adotar iniciativas de fácil legibilidade, como a simbólica redução de ministérios e dos cargos comissionados, devem-se providenciar mecanismos legais que resultem em efetivo controle das despesas –incluindo salários para o funcionalismo–, condicionando sua expansão ao crescimento do PIB.

Embora drásticas, tais medidas serão insuficientes para tapar o rombo orçamentário cavado pela inépcia presidencial. Uma vez implementadas, porém, darão ao governo crédito para demandar outro sacrífico –a saber, alguma elevação da já obscena carga tributária, um fardo a ser repartido do modo mais justo possível entre as diversas camadas da população.


Não há, infelizmente, como fugir de um aumento de impostos, recorrendo-se a novas alíquotas sobre a renda dos mais privilegiados e à ampliação emergencial de taxas sobre combustíveis, por exemplo.

Um carro é roubado a cada 20 minutos no RS. 80% deles param em desmanches do Estado.

A cada 20 minutos um carro é roubado, portanto levado pelo uso da violência, no RS. Os números são da secretaria da Segurança.

Em Porto Alegre, um carro é roubado por hora.

Nos seis primeiros meses deste ano, foram registrados 7.907 roubos de carros no Estado, o que representa 57,49% do número de ocorrências deste crime em relação a todo o ano passado.


O especialista em segurança estratégica, Gustavo Caleffi, esclarece que os veículos roubados abastecem dois mercados distintos: de desmanches e de clonagem. Esta representa 80% do total dos crimes.

O ataque imediato aos desmanches poderá fazer despencar os roubos. 

Frio, céu azul e sol claro marcam domingo no RS

Manhã de frio à beira do Guaíba, praia lacustre do bairro de Ipanema, zona Sul de Porto Alegre. -


Porto Alegre e todo o Rio Grande do Sul teve um amanhecer congelante neste domingo, com marcas negativas ainda mais baixas que as de sábado. No fim de semana marcado por forte massa de ar polar, São José dos Ausentes registrou -3,8°C como menor mínima de acordo com a MetSul Meteorologia.

Na Capital, céu e sol claros neste momento, 9h46min, e frio de 11 graus, segundo Weather Chanel.

Com sol e ar seco, a tarde será agradável. O céu aberto deve oferecer algum aquecimento, com as máximas ao redor dos 20°C durante a tarde.
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