Novas regras do call center valem a partir de segunda

A partir de segunda-feira (dia 1º de dezembro), quem quiser falar com alguém na central de atendimento de empresas de telefonia ou planos de saúde, entre outras, terá de esperar, no máximo, 60 segundos. Essa é uma das novas regras para serviços de atendimento a clientes de companhias de setores regulados pelo governo que passam a valer de dezembro em diante.

. O consumidor que detectar descumprimento nas regras de atendimento poderá denunciar as empresas. As reclamações podem ser feitas nas unidades do Procon, Ministério Público e Defensorias Públicas. Confirmada a irregularidade, as companhias poderão sofrer multas de R$ 200 a R$ 3 milhões como forma de punição.

. Veja a seguir quais são as novas regras:

- O cliente deverá ser atendido em até um minuto;
- O call center deve funcionar 24 horas, 7 dias por semana;
- A empresa deve garantir, no primeiro menu eletrônico e em todas suas subdivisões, o contato direto com o atendente;
- As opções de reclamações e de cancelamento têm de estar entre as primeiras alternativas;
- No caso de reclamação e cancelamento, é proibido transferir a ligação. Todos os atendentes deverão ter atribuição para executar essas funções;
- As reclamações terão que ser resolvidas em até cinco dias úteis. O consumidor será informado sobre a resolução de sua demanda;
- O pedido de cancelamento de um serviço será imediato;
- É proibido, durante o atendimento, exigir a repetição da demanda do consumidor;
-Ao selecionar a opção de falar com o atendente, o consumidor não poderá ter sua ligação finalizada sem que o contato seja concluído;
- Só é permitida a veiculação de mensagens publicitárias durante o tempo de espera se o consumidor permitir;
- O acesso ao atendente não poderá ser condicionado ao prévio fornecimento de dados pelo consumidor;
- O cidadão que não receber o atendimento adequado poderá denunciar ao SNDC (Sistema Nacional de Defesa do Consumidor), Ministérios Públicos, Procons, Defensorias Públicas e entidades civis que representam a área.

Montadoras vão deixar de produzir 200 mil veículos

A indústria automobilística brasileira, sexta maior no ranking mundial, vai deixar de produzir, por causa das férias coletivas de novembro e dezembro, cerca de 200 mil carros. Isso equivale a dois terços do ritmo de produção mensal que vinha sendo registrado antes da crise global - em setembro, quando os reflexos da crise no País ainda eram pequenos, foram produzidos 300 mil veículos.

. A conta leva em consideração os dias úteis em que as linhas de montagem ficarão desativadas e toma como média diária de produção os volumes dos dez meses deste ano, confirmados pelas montadoras, e as programações previstas para novembro e dezembro. As quatro maiores montadoras - Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford - respondem por cerca de 70% da produção brasileira. Com as paradas das linhas por períodos mais longos do que os previstos antes da crise, as montadoras não vão atingir a meta de produção prevista para este ano, que era de 3 4 milhões de veículos.


. Com o anúncio, na quinta-feira, das férias coletivas na Mercedes-Benz e na Volkswagen Caminhões, já chega a aproximadamente 75 mil o total de trabalhadores das montadoras que ficarão em casa por prazos diferentes nesse fim de ano - quase 60% de toda a força de trabalho do setor. Fornecedores de autopeças, que, juntos, empregam 231,2 mil trabalhadores, também devem seguir as montadoras nas paralisações.

Brasil pode perder R$ 12,9 bi por feriado em 2009

No ano de 2009, onze feriados nacionais serão em dias úteis. Isso significa mais descanso para muitos, mas também ganhos para alguns setores da economia e prejuízos para outros.

. Veja abaixo o calendário dos feriados para 2009 divulgado pelo governo federal:

Data/ Dia da semana/ Comemoração

1º de janeiro/ quinta-feira/ Confraternização universal
23 de fevereiro/ terça-feira/ Carnaval
24 de fevereiro/ terça-feira/ Carnaval
10 de abril/ sexta-feira/ Sexta-feira santa
21 de abril/ terça-feira/ Tiradentes
1º de maio/ sexta-feira/ Trabalho
11 de junho/ quinta-feira/ Corpus Christi
7 de setembro/ segunda-feira/ Independência do Brasil
12 de outubro/ segunda-feira/ Nossa Senhora Aparecida
2 de novembro/ segunda-feira/ Finados
15 de novembro/ domingo/ Proclamação da República
25 de dezembro/ sexta-feira/ Natal


. Segundo o Ministério do Planejamento, o governo não considera em 2009 como feriado três datas tradicionais: Carnaval, Sexta-feira Santa e Corpus Christi. Conforme portaria publicada, as datas citadas são ponto facultativo e, portanto, o governo federal só classifica oito datas como feriado nacional.

. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), os feriados representam ao país perdas de R$ 12,9 bilhões por dia parado.

. Para o economista Newton Marques, no entanto, pode haver vantagens. "A economia é um conjunto de agentes econômicos. Quem é ligado ao turismo, diversão ou lazer é beneficiado, porque as pessoas vão consumir."

CEF não ouviu auditores no “socorro” à Petrobras

Contrariando a praxe, a direção da Caixa Econômica Federal (CEF) não consultou seus auditores para liberar os R$ 2 bilhões para a Petrobras em fins de outubro. "Este é o maior empréstimo individual dado pela Caixa até hoje. Foi uma operação singular, inclusive pela forma de divulgação", disse Antonio Augusto de Miranda e Souza, presidente da associação de auditores da instituição.

. O valor do crédito dado à Petrobras é maior do que o R$ 1,66 bilhão liberado pela Caixa para saneamento e infra-estrutura em todo o terceiro trimestre e praticamente um terço do total destinado à habitação entre julho e setembro deste ano. O senador A1oizio Mercadante (PT-SP) rebateu as críticas do PSDB à operação e lembrou que a Petrobras representa 12% das receitas da União.

Governo Lula muda o rumo e bate de frente com aliados sul-americanos

Clipping/ Revista Veja/ 29/11/2008

Contendas diplomáticas entre nações amigas são comuns, e o Brasil e seus vizinhos da América do Sul não estão imunes a elas. No governo Lula, porém, aliado incondicional do populismo desbragado que viceja no continente, esses atritos estão se tornando, paradoxalmente, muito freqüentes. Há dois anos, o presidente boliviano Evo Morales produziu uma confusão de bom tamanho ao expropriar refinarias da Petrobras. O venezuelano Hugo Chávez vive insuflando seus aliados para agir da mesma forma contra outras empresas brasileiras.

. O novo governo paraguaio quer rever o contrato da hidrelétrica de Itaipu e já anunciou que pretende confiscar terras de brasileiros no país. Diante de tantas fanfarronices, o presidente equatoriano Rafael Correa deu sua contribuição e anunciou festivamente que estava pendurando uma dívida de 250 milhões de dólares. Esperava contar com a mesma condescendência dispensada pelo governo brasileiro aos colegas bolivarianos. Não foi o que aconteceu. Numa ação inusitada, o Itamaraty convocou o embaixador em Quito, anunciou o fim das parcerias em obras de infra-estrutura e ameaçou recorrer a organismos internacionais para cobrar a dívida. Rafael Correa recuou.

STF manda abrir novo inquérito contra Paulinho da Força

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem a abertura de um segundo inquérito para investigar o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força. O objetivo do inquérito é apurar se ocorreram irregularidades na contratação da Fundação João Donini para ministrar cursos profissionalizantes para desempregados e pessoas de baixa renda com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador destinados à Força Sindical.

. De acordo com informações encaminhadas pelo Ministério Público Federal ao STF, há suspeitas de fraude na contratação, inclusive com o uso de alunos fantasmas. Um dos indícios seria o fato de uma auditoria ter encontrado um elevado número de alunos matriculados mais de uma vez para o mesmo curso, sendo que muitos desses cursos eram ministrados no mesmo horário e em cidades e até Estados diferentes.

. No despacho assinado ontem, Celso de Mello atendeu aos pedidos do Ministério Público Federal para que seja realizada uma série de diligências. Foi determinado ao Ministério do Trabalho e do Emprego que forneça cópia de um processo referente ao convênio. A Força Sindical terá de encaminhar cópia de toda a documentação referente à contratação da João Donini.

Operação Topeira: R$ 104 mi do BC vão para o beleléu

A PF deu oficialmente por encerrada na quarta-feira (19) a Operação Topeira, que visava a prender todos os envolvidos no maior furto já ocorrido no Brasil: R$ 164,8 milhões (notas de R$ 50 usadas e não seriadas) levados em 2005 da agência do Banco Central em Fortaleza.

. Segundo a revista Época, desse montante, a polícia admite que R$ 104,8 milhões foram para o beleléu - nunca mais se verá a cor desse dinheiro.

. A ação dos ladrões levou seis horas, com três quadrilhas operando em sociedade (S.A. mesmo). A dinheirama toda pesava 3,4 toneladas e foi levada do cofre para uma empresa vizinha (de fachada) através de um túnel. Foram presas 122 pessoas, entre elas o candidato a prefeito de Boa Viagem Antonio Argeu (financiou o túnel) e alguns policiais que descobriram bandidos envolvidos mas, em vez de prendê-los, passaram a seqüestrá-los para exigir resgate, pago com parte do dinheiro furtado.

PF obtém dados sigilosos de site para Abin investigar servidores

Para descobrir a identidade de servidores que fizeram críticas à instituição na internet, a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) recorreu à Polícia Federal para obter dados sigilosos de usuários de um fórum virtual de debates e os repassou à agência.

. Sem autorização judicial, a PF pediu ao portal CorreioWeb - mantido pela S.A. Correio Braziliense, que edita o jornal "Correio Braziliense"- dados que revelaram as identidades de internautas que se identificaram apenas por apelidos. Mesmo depois de reconhecer "não ter visto qualquer indício de crime" nas mensagens, a PF enviou as informações à Abin, que abriu processo disciplinar interno contra dois agentes, ameaçados de demissão.

. Em documento confidencial, obtido pela Folha, a Abin revela que procurou a PF porque o cadastro de usuários no site era sigiloso, e só poderia ser obtido por autoridade policial. A PF e a Abin negam a quebra ilegal do sigilo dos internautas no caso. Os autores das críticas à gestão da Abin usavam na internet codinomes como "pindaíba", "desvendando", "agente sofre-dor", "arapongamandraque" e "james bondcama". As mensagens podiam ser vistas por qualquer internauta, mas as identidades eram preservadas.

. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/