A articulista utiliza adjetivos grosseiros contra o governo e os deputados estaduais.
O Banrisul e o governo gaúcho estão na obrigação de dar resposta cabal às denúncias e ilações que faz hoje no jornal Zero Hora a diretora da Zenith, Asset Management, todas recheadas de desconfiança em relação às últimas operações de venda de ações do banco.
Débota Morsch, comentarista diária da RBS, ocupa posição invulgar no mercado financeiro e detém informações privilegiadas.
Suas acusações principais:
Ações do controlador - Depois de cancelado leilão em Bolsa, no dia seguinte, sem qualquer explicação, o Banrisul vendeu 26 milhões de ações, cobrando R$ 18,65 por cada uma. "Coincidentemente" um só comprador levou 70% do pacote. Apenas alguns dias depois, a cotação de cada ação foi para R$ 20,52, proporcionando ganho de R$ 48 milhões para os compradores.
Ações preferenciais - Denuncia Morsch: "Na última sexta-feira, de forma sorrateira, sem qualquer
aviso ao mercado ou à população gaúcha, o governo vendeu cerca de 3 milhões de
ações ordinárias do Banrisul. A venda ocorreu a R$ 17,65 por ação, 31% abaixo
do valor da ação no pregão anterior. Isso mesmo, 31% abaixo. Mais uma vez, o
mercado agradece".
Sucessão estadual - Além de desconfiar das operações de vendas das ações, a comentarista da RBS liga as vendas aos planos de Sartori: "Enquanto liquida o patrimônio do Estado, o governador trata
sua candidatura à reeleição com uma desfaçatez sem precedentes".
Ela também desafia o TCE, o MPC e a Assembleia para que atentem "para essa destruição de valor".