O jornal O Estado de S. Paulo desta sextas-feira veio com uma bomba nesta sexta-feira, porque revelou que ainda o contrato fechado com a Odebrecht, dona da Braskem, proprietária dos pólos petroquímicos da Bahia e do RS, sob suspeita, ainda está em vigor. O negócio é de US$ 825,6 milhões fechado na gestão Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás, atual secretário do Planejamento da Bahia e candidato a governador pelo PT. Ele inclui aluguel de três copiadoras por R$ 7,2 milhões e salário mensal de pedreiro de R$ 22 mil. Leia tudo:
A reportagem é de Sabrina Valle - Agência Estado
RIO - A Petrobrás fechou com a construtora Odebrecht, em
2010, um contrato no valor de US$ 825,6 milhões, o qual é investigado
por suspeita de superfaturamento. O contrato para serviços na área de segurança
e meio ambiente em dez países incluiu pagamento, na Argentina, de R$ 7,2
milhões pelo aluguel de três máquinas de fotocópias; R$ 3,2 milhões pelo
aluguel de um terreno próprio e salário mensal de pedreiro de R$ 22 mil nos
Estados Unidos, segundo documentos sigilosos da companhia obtidos
pelo Broadcast.
. O caso é investigado por autoridades, sob sigilo a pedido
da Petrobrás. O Ministério Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (MPF)
instaurou procedimento investigatório criminal em junho para apurar infrações
em contratos da Petrobrás no exterior, incluindo o acordo com a Odebrecht.
O Ministério Público (MP) junto ao Tribunal de Contas da
União (TCU), que já investigava a compra da refinaria de Pasadena (EUA), pediu
em agosto à Petrobrás documentação referente a quatro contratos, incluindo o da
Odebrecht. Entregou o caso neste mês ao MPF. O TCU, sob relatoria do ministro
José Jorge, também acompanha o caso paralelamente.
. Todas as investigações sobre Pasadena e sobre o contrato
com a Odebrecht foram iniciadas após reportagens
do Broadcast revelarem irregularidades. A série de matérias sobre
Pasadena se iniciou em julho de 2012 e da Odebrecht, em junho de 2013.