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A Polícia Federal
(PF) confirmou neste sSeábado o indiciamento por formação de quadrilha de Rosemary Nóvoa
de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da
República em São Paulo. A “amiga íntima”
do ex-presidente Lula responde agora por quatro crimes,
pois, em novembro, ela já havia sido indiciada por corrupção, tráfico de
influência e falsidade ideológica. A informação faz parte do relatório final do
inquérito da Operação Porto
Seguro, que foi encaminhado à 5ª Vara da Justiça
Federal de São Paulo.
A PF concluiu que Rose
mantinha "relação estável" com os outros integrantes do grupo que
corrompia servidores públicos para compra de pareceres técnicos favoráveis a
interesses empresariais.
A Polícia também indiciou Tiago Pereira Lima, ex-diretor da
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), por crime de corrupção
passiva. O executivo foi
afastado do cargonesta sexta-feira pela presidente
Dilma Rousseff.
Segundo a PF, desde 23 de
novembro, quando a Porto Seguro – operação que revelou um esquema de corrupção,
tráfico de influência e fraudes em órgãos federais – foi deflagrada, o órgão
obteve informações adicionais por meio de depoimentos e da análise de
documentos apreendidos. Essas novas informações possibilitaram os novos
indiciamentos.
Ao todo, 23 pessoas foram indiciadas – dentre as quais
estão os irmãos Paulo Vieira,
ex-diretor da Agência Nacional de Águas (Ana) e Rubens Vieira,
ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apontados como chefes do grupo.
Entre os envolvidos, há também funcionários da Advocacia Geral da União (AGU),
do Ministério da Educação (MEC), do Ministério da Cultura e da Secretaria do
Patrimônio da União (SPU).
O inquérito será encaminhado
agora pela Justiça ao Ministério Público Federal (MPF), que pode oferecer
denúncia contra os suspeitos, pedir investigações e diligências complementares
à PF ou ainda optar pelo arquivamento das acusações.