Uma possível fraude em contratos de serviços de
tecnologia pode resultar na queda no ministro da Cidadania, Osmar Terra. O
ministro tirou nota contestando a informação, que foi do Estadão, e mostrando
que tomou todas as providências, inclusive denunciando tudo na PF.
Ao lado, a nota que o ministro mandou ao editor e que
explica o caso.
A pasta, comandada por Terra, contratou em 2019 a empresa
Business to Technology (B2T) que, de acordo com a Polícia Federal, foi usada
para desviar R$ 50 milhões de dinheiro público entre 2016 e 2018. O Ministério
da Cidadania firmou negócios em série e sem licitação para os serviços na área
de computação.Os contratos foram firmados mesmo depois de alertas da CGU
(Controladoria Geral da União) e da AGU (Advocacia Geral da União) para
suspender a contratação dos serviços.
O ministério aceitou um certificado de serviço que,
segundo a Polícia Federal, nunca foi prestado. A B2T certificou sua capacidade
técnica à pasta utilizando ações que teria desempenhado anos antes no extinto
Ministério do Trabalho.
O atestado, apresentado pela B2T, foi contestado por duas
empresas que também concorriam no pregão. Apesar disso, o Ministério da
Cidadania considerou o documento apresentado válido e decretou a B2T vencedora
do edital de R$ 6,8 milhões em julho do ano passado. A B2T é suspeita de ter sido usada como fachada durante a
gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB) e foi alvo da operação Gaveteiro, da
PF, em 6 de fevereiro de 2020.