Presos em flagrante com toneladas de maconha em Porto Alegre seguem livres. Os canalhas alegaram violência policial

Não é piada. Os seis bandidos capturados com a mão na cumbuca, em julho do ano passado, num depósito com 4,6 toneladas da erva que não serve para passarinho construir ninhos, estão foragidos da Justiça faz sete meses.

Aquela foi a maior apreensão da droga na capital gaúcha em 2019. Em janeiro, a denúncia oferecida pelo Ministério Público foi aceita. 

Eles respondem por tráfico de drogas. O documento acusatório fora entregue dias antes, no mês do papai Noel, pela Promotoria de Justiça Criminal. Contudo, na época em que foram presos pela Brigada Militar, alegaram violência policial e, por causa disso, uma juíza plantonista ordenou a soltura. Hora depois, outra magistrada determinou a prisão, mas já era tarde. No intervalo entre as decisões, receberam alvará de soltura e sumiram no mundo.

Por causa de entendimentos divergentes entre juízes, os bandidos puderam sair com toda a tranquilidade pela porta da frente da Cadeia Pública, antigo Presídio Central, a nossa bomba-relógio permanente em plena área residencial, numa das regiões mais habitadas da cidade.