O senador Pedro Simon (PMDB-RS) está preocupado com a vida e a segurança do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O empresário chegou a Brasília nesta quarta-feira, transferido do Presídio de Segurança Máxima de Mossoró, RN. “Lá, ele estava isolado, numa cela absolutamente segura, com apenas duas horas de banho de sol, sem contato com ninguém. De repente, em Brasília, o Sr. Cachoeira é colocado numa cela da Polícia Federal que ele divide com outros 22 presos. Como é possível expor uma figura tão importante a um risco tão visível?” estranha o senador Simon.
Cachoeira é pivô da mais grave crise política do país, alvo central da ‘Operação Monte Carlos’ da Polícia Federal e motivo da CPI mista que será instalada nesta quinta-feira (19) no Congresso Nacional para investigar a corrupção na administração pública.
“Quero lembrar que, no passado recente, outra figura central da corrupção no país, o Sr. Paulo César Farias, acabou morrendo em circunstâncias até hoje mal esclarecidas. Era um arquivo vivo, uma bomba ambulante, que foi assassinado sem contar tudo o que sabia. O Sr. Cachoeira é uma figura essencial para decifrar, hoje, os ramos da corrupção na administração pública brasileira. Muita gente deve estar interessada no seu silêncio. Tirar essa testemunha do mais absoluta isolamento e jogá-lo de repente num espaço superpovoado de uma prisão federal é algo que contraria a lógica e o bom senso”.
Completa o senador Pedro Simon: “A Justiça deve tomar providências urgentes para o devido isolamento do Sr. Cachoeira, às vésperas da instalação desta CPI, para assegurar sua plena integridade física. Qualquer ameaça à sua vida passa a ser, agora, responsabilidade de quem tomou essa infeliz decisão. Os brasileiros esperam ver o Sr. Cachoeira, são e salvo, contando tudo o que sabe sobre a corrupção que assombra a Nação. Para isso, ele precisa ser protegido, não ameaçado pela estranha exposição a outros 22 presos. Esse isolamento do Sr. Cachoeira deve ser efetuado já, agora, antes que seja tarde demais”.