Artigo - O modelo brasileiro de agricultura de alta escala

* Clippint Estadão, 7 de maio, by Marcos Jank e André Pessôa 

O Brasil tem dificuldade para reconhecer empreendedores e modelos empresariais que deram certo. Temos dificuldade para listar dez nomes de empresários que foram revolucionários no seu tempo. Temos ainda maior dificuldade para valorizar arranjos produtivos que funcionam bem e podem servir de modelo para dezenas de países. Um dos exemplos mais notáveis desse tipo de dificuldade ocorre no caso do modelo brasileiro de agricultura tropical que desenvolvemos nas últimas décadas. Um dos pilares desse modelo é razoavelmente conhecido - o desenvolvimento de tecnologias adaptadas às condições tropicais: novas variedades aptas a latitudes mais setentrionais, plantio direto (que teve extraordinário impacto conservacionista ao eliminar a aração dos solos), introdução da segunda safra no mesmo ano agrícola sem irrigação, integração lavoura-pecuária-floresta e outros.

. O segundo pilar, bem menos conhecido, foi a corajosa migração de produtores com aptidão e conhecimento agrícola em busca de ganhos de escala para enfrentar as difíceis condições de produção nos cerrados. Pequenos agricultores do Sul e do Sudeste do País construíram cidades e estradas a milhares de quilômetros de sua terra natal. Inicialmente o desenvolvimento se deu em cima do binômio soja-boi.

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7 comentários:

Surfista Prateado disse...

Ao contrário do que pensa o editor, o Brasil tem enorme facilidade em identificar quem produz, em qualquer setor: faz isso para indentificá-lo e esbulhá-lo de todas as formas, para lhe retirar dinheiro, enfiar o dinheiro no bolso, e assim patrocinar todo os tipos de bolsas, a festança de salários nababescos dos príncipes funcionários públicos e a corrupção imensa dos petralhas!

Anônimo disse...

Conheço todas estas regiões e sei como a produção em escala tem feito mudanças profundas no cenário agrícola brasileiro, a começar pela redução de custos, alguns condomínios (que agregam milhares de hectares) tem condições de reduzir custo com o poder de barganha junto as empresas de insumos agrícolas. Essa situação está levando grandes esmagadoras e de tecelagem a se instalar neste polos de produção.
Um característica é o aumento da renda dos empregados que recebem a participação dos lucros da empresa agrícola. Tudo isso é fruto da grande diáspora dos produtores gaúchos rumo as fronteiras agrícolas do Brasil.

Joao Coragem disse...

Esta e' a grande contribuicao dos gauchos ao Brasil, que injustamente nao e' divulgada pela grande imprensa paulistana...

Muito mais que a transferencia de reservas de capital de familias inteiras do RS ao centro-oeste e norte do Pais, o grande penalty ao RS foi e e' a migracao de cerebros e de forca empreendedora.

A unica forma de reverter este ciclo e' a mudanca da matriz economica, que Britto e Yeda heroicamente buscaram fazer. E nao sera com a baixa competencia de Olivios, Tarsos e afins que o Rio Grande superara esta mudanca de fase historica.

Anônimo disse...

João Coragem por favor não fale da imprensa paulistana, quaquer cidadão deste país sabe muito bem das migrações do sul e do sudeste em direções a diversos Estados do Norte,Nordeste e Centro-Oeste.Caso contrário eu não saberia,no Sul do Piauí existe uma comunidade do sul do Brasil que está produzindo muita soja e inclusive foi instalada uma fábrica de farelo de soja e óleo de soja.É só assistir o Globo Rural aos domingos, ler a folha agrícula do Estadão e outros meios de comunicação inclusive os Sites que divulgam constantemente.Não dou advogado da imprensa mas também no devo ser injusto.A imprensa tem feito um papel fundamental para o cidadão ficar informado em todos os campos da atividade humana.

Joao Coragem disse...

Prezado anonimo das 17:54, o Pais so nao esta numa pindaiba maior gracas ao superavit da balanca comercial gerado pelo agronegocio, em especial complexos soja e agora milho. O saldo da balanca comercial do agronegocio e' superior a 80 bi por ano enquanto os outros setores geram deficit de 50 bilhoes.... Ou seja, o Brasil so nao quebrou gracas aos sulistas e descendentes (em especial os GAUCHOS) que transformaram o Brasil central na nova fronteira agricola do mundo, e isto o brasileiro medio nao sabe. E te digo mais, a contribuicao da imprensa paulistana ao agronegocio foi rotular o produtor como tosco, caipira, Jeca Tatu ou Xico Bento.

Anônimo disse...

João para com isso, vc está fazendo o papel do desinformado.Todos os Paulistanos são de fora ou descendentes de imigrantes do interior e dizem que quando se aposentarem irão para o interior.Todas as pessoas razoavelmente informada sabem da contribuição dos sulistas para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil, pare de ser ufanista.

Joao Coragem disse...

Anonimo, nao tem nada de ufanismo, e' pragmatismo puro. Outra alem de saber, e' tambem questao de reivindicar. O Brasil deve o desenvolvimento dos cerrados ao RS e aos gauchos, e esta conta ainda nao foi paga e nem sei se ainda sera...Lembro que nesta diaspora, reservas de capital de familias inteiras migrou do RS para o centro- oeste para compra de terras, custeio, etc e isto nunca foi reposto e tem feito uma falta enorme, sem falar no aspecto humano. Num Pais onde o RJ p.ex., mama mais de 10bi por ano em "royalties", os gauchos precisam ser mais espertos e de fato inserir o RS na agenda nacional, pois tem legitimidade absoluta para isto. Outra, atualmente moro em SP, transito em entidades de classe daqui, e conheco bem como o pessoal pensa e mais do que isto, do "carinho" que eles tem por nos gauchos. Nao ha espaco para ingenuidade, o que menos corre, voa, e ta na hora da gauchada acordar e reivindicar o retorno de nossa incotestavel contribuicao ao Pais. Abr

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