Apenas 7,2% das estradas gaúchas (estaduais, federais e vicinais) são pavimentadas. Na ERS-122, em Campestre da Serra, buraco supera o tamanho de carro
Caio Cigana e Humberto Trezzi
Qual é o Estado com menor percentual de estradas
pavimentadas em relação à sua malha total? Não é Roraima, que tem o menor PIB
do país. Nem a paupérrima Alagoas, com o mais baixo Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH). O campeão em carência de asfalto, acredite, é o Rio Grande do
Sul, a quarta unidade mais rica da federação.
Apenas 7,2% das rodovias gaúchas — estaduais, federais e
vicinais — são pavimentadas. Isso é bem menos do que a média brasileira, de
quase 13 quilômetros asfaltados em cada cem, conforme dados consolidados de
2012 do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ou seja,
os gaúchos figuram na lanterna em um país que já está longe de ser um exemplo.
Pelo contrário. O percentual nacional de 13% coloca o Brasil em último lugar em
pavimentação entre as 20 maiores economias do mundo.
A agonia das estradas gaúchas é fruto de uma série de
fatores encadeados. Alguns são locais, como as finanças combalidas do Palácio
Piratini. A incapacidade de encontrar um modelo para o capital privado ajudar
na criação da infraestrutura necessária à impulsão do desenvolvimento e à queda
nos acidentes também é uma das razões da herança cruel legada aos gaúchos.Além do baixo investimento público nas últimas três
décadas, as rodovias sofrem com a burocracia para tocar obras, o aumento da
frota e o excesso de peso transportado dos caminhões, um problema agravado pela
falta de fiscalização e que desemboca na deterioração das estradas,
realimentando o círculo vicioso que faz cair a qualidade das rodovias
existentes. O percentual de estradas avaliadas como ótimas em pesquisa da
Confederação Nacional do Transporte (CNT), por exemplo, era de 28,6% em 2010 e,
em 2012, caiu para apenas 11%. As péssimas subiram de 1,3% para 2,4%.
E má qualidade pode acarretar mortes. O número de óbitos
nas estradas cresceu 2,3% em 2012, na comparação com 2011, chegando a 2.083
vítimas fatais, contra 2.037 no ano anterior. Outro efeito colateral de
rodovias ruins é o congestionamento constante nas rodovias com boas
pavimentação e sinalização, como o trecho da BR-116 entre Canoas e o Vale do
Sinos.
Entre todos os males relacionados às estradas, pelo menos
a falta de dinheiro parece ter ficado para trás. O problema, agora, é conseguir
aplicar os recursos, vencendo obstáculos burocráticos, questões ambientais e
antropológicas e suspeitas de irregularidades nas obras. Acostumado à escassez,
o Estado conseguiu R$ 2,6 bilhões para investir na construção e recuperação de
rodovias até 2014, verba oriunda de financiamentos do BNDES e do Banco Mundial,
mais recursos repassados pelo governo federal e do próprio orçamento do Estado.
Mesmo assim, a construção e a recuperação das estradas não deslancha.
Uma reforma que virou símbolo dos entraves
Em busca dos fatores que levam os gaúchos a transitar em
rodovias de Terceiro Mundo, Zero Hora identificou uma região do Estado onde se
concentram as principais falhas. Na Serra, a reforma de 196 quilômetros de
quatro trechos estratégicos é a síntese dos problemas que atingem grande parte
da malha viária gaúcha. A obra, uma promessa de anos, já patinou por falta de
dinheiro, processos judiciais, falta de fiscalização e, para culminar, surgiram
agora irregularidades no edital da restauração dessas estradas.
A Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra)
chegou a anunciar um investimento de R$ 140 milhões para quatro trechos: a
ERS-122 (entre Ipê e a localidade de Samuel, na BR-116), a ERS-324 (entre Nova
Araçá e Nova Prata), a RSC-470 (entre Nova Prata e Bento Gonçalves) e a RSC-453
(Rota do Sol, entre Caxias do Sul e Lajeado Grande). As obras deveriam começar
em 4 de janeiro. Mas o Daer revogou o edital do Contrato de Restauração e
Manutenção (o Crema/Serra, que abrangia os quatro trechos), elaborado na
própria autarquia. A justificativa: auditores do Tribunal de Contas do Estado
alertaram para "deficiências capazes de gerar prejuízo significativo ao
Estado", conforme parecer emitido nos últimos dias de 2012.Os entraves reaparecem nos investimentos da União no
Estado. Os projetos de duplicação das BRs 386 e 116, por exemplo, seguem
estacionados em dois trechos devido à presença de comunidades indígenas que se
instalaram na beira das rodovias e precisam ser realocadas com mais recursos
públicos para que as obras, finalmente, acelerem.
7 comentários:
O Grupo RBS não é culpado por isso ??? Já que, mesmo tendo o poderio de mídia que tem, jamais se mobilizou para evitar isso ...
E a gauchada, mais bovina impossível !!!
É ISTO O QUE DÁ COLOCAREM PETISTAS E COMUNISTAS PARA GOVERNAR ESTE ESTADO DE BRONTOSSAUROS HUMANOS, ABORÍGENES PARADOS NO TEMPO.
Tucanos tentam
furtar a cesta básica:
Tucano confessa o plágio que PiG esconde....
Bruno Araújo (PSDB/PE): "confesso !"
Como se sabe, os tucanos furtaram os genéricos, o programa anti Aids, o Bolsa Família e as Leis de Newton.
Agora querem se apossar da desoneração da cesta básica, como demonstra o Azenha :
Cesta básica: Tucanos plagiam petistas e querem ser “pais” da desoneração
Na noite da última sexta-feira (8), durante pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, a Presidenta Dilma Rousseff anunciou a retirada de impostos federais que incidem sobre todos os produtos da Cesta Básica Nacional. Isso significa que o governo vai zerar a incidência de PIS/Pasep-Cofins e de IPI de 16 itens: carnes (bovina, suína, aves e peixes), arroz, feijão, ovo, leite integral, café, açúcar, farinhas, pão, óleo, manteiga, frutas, legumes, sabonete, papel higiênico e pasta de dentes, o que terá impacto positivo no orçamento da população mais pobre.
Logo depois do anúncio, pipocaram denúncias do PSDB de que o projeto seria de autoria tucana e teria sido usurpado pelo governo federal, já que o partido apresentou a proposta em forma de emenda, vetada pela presidenta, em abril do ano passado. O discurso foi repetido à exaustão e divulgado em diversos veículos de imprensa.
No entanto, a proposta é de autoria de parlamentares petistas. Os deputados Paulo Teixeira (PT/SP), Jilmar Tatto PT/SP, Amaury Teixeira PT/BA, Assis Carvalho PT/PI, Claudio Puty PT/PA, José Guimarães PT/CE, Pedro Eugênio PT/PE, Pepe Vargas PT/RS e Ricardo Berzoini PT/SP apresentaram o Projeto de Lei 3154/2012 em fevereiro do ano passado. A proposta dispõe sobre a redução das tributações incidentes sobre os produtos alimentares que compõem a Cesta Básica Nacional e altera a Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004.
Em pronunciamento feito do ano passado, o deputado Bruno Araújo (PSDB/PE) admite que a emenda à MP 563 – que tratava de vários programas do governo e incentivos a diversos setores da economia – é um “plágio do bem” do projeto petista. De fato, o texto apresentado é a cópia ipsis litteris do conteúdo do Projeto de Lei dos deputados do PT.
A Zé Hagá ainda não viu nada. Verá muito mais quando a EPR (Empesa PeTralha de Rodovias) começar a botar a mão na grana dos pedágios. Aí sim, a Zé Haga verá o nascimento de um estado campeão em buracos e crateras na pavimentação de rodovias e sem direito a socorro de guincho.
Podemos questionar o valor e a questão de um pedágio em cima do outro (como no trecho Porto Alegre-Rio Grande), Porto Alegre-Cachoeira do Sul). O preço é salgado e se paga muito para se andar uma centena de quilômetros. Isto podemos questionar e cobrar.
Mas ainda aguardo pela promessa do peremPTório embu$teiro de "acabar com dos pedágios". Como ele é embu$teiro o "acabar com os pedágios" significa criar outros chamados de "pedágios comunitários" gerido pela cumpanherada para$ita PeTralha através da EPR (Empresa PeTralha de Rodovias).
Esse Maranhão do Sul cada vez mais parecido com seu homologo do nordeste. Os argentinos do Brasil mostram a caducidade do passado glorioso farroupilha. Estamos virando um estado farrapo em todos os sentidos!!!
Ninguém nos tira o troféu em uma coisa, somos o primeiro em litigancia!!
Não adianta virem com churumelas! Não queremos pedágios e ponto. Nem que seja por um pequeno espaço de tempo.
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