Análise - Mercado de trabalho reagirá mais lentamente do que se esperava

A economia brasileira fechou liquidamente 39.282 mil postos de trabalho formais em setembro, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Cadastro de Empregos e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Esse resultado frustrou as expectativas do mercado, que apontavam para redução de 10 mil e de 15 mil vagas, respectivamente. Setorialmente, merece destaque o fechamento líquido de 28 mil postos da construção civil em setembro, praticamente mantendo o ritmo de demissões dos últimos meses. Já a indústria de transformação e o comércio mostraram saldos positivos pelo segundo mês consecutivo, de 9.363 e 3.940 vagas, nessa ordem. Descontada a sazonalidade, esse resultado equivale a uma destruição de 115 mil vagas, em comparação com a demissão líquida de 83 mil postos de trabalho, registrada no mês anterior. Por fim, os salários dos empregados admitidos mostraram alta inter-anual de 2,6% em setembro, cedendo em relação ao ganho de 7,6% verificado em agosto. Vale ressaltar que essa desaceleração é explicada, em grande medida, pelo efeito base (uma vez que houve forte elevação dos salários em setembro de 2015). Assim, o ajuste do mercado de trabalho, com a redução do número de vagas formais e a descompressão dos ganhos salariais, deverá persistir nos próximos meses, ainda que em menor intensidade que a apresentada no início deste ano. De todo modo, cabe lembrar que a retomada da atividade econômica tem sido mais lenta do que se esperava e que o mercado de trabalho reagirá de forma defasada à melhora esperada para o ano que vem.

- A análise acima é da equipe de economistas do Bradesco, edição de hoje.

4 comentários:

Mordaz disse...

PT no governo. Um desastre anunciado.

Anônimo disse...

Como ficam os 12 milhões de desempregados resultante do governo incompetente e irresponsável Lula/Dilma. Eles, têm milhões em suas contas bancárias, apartamentos luxuosos. Todos contabilizados é claro. E o povo que é o resultado desse governo, procuramos emprego onde? Se não existe. Não queremos salário desemprego, muito menos bolsa família, porque isso nos envergonha. Fazemos o quê para cobrir as despesas da família, mais os absurdos e pesados impostos que nos jogaram nas costas.

Anônimo disse...

Vai reagir como? Com o aumento do tempo de serviço do setor público e privado? Ou seja, com o sistema antigo, estamos com 12 milhões de desempregados, imaginem com as pessoas se aposentando mais tarde.

Anônimo disse...

Destes doze milhões de desempregados, talvez a metade consiga novamente trabalho com carteira assinada. As empresas estão ou já se ajustaram a nova realidade de produção brasileira. Cada ano os custos aumentam, a produtividade estagna e a grande maioria trabalha com lucro zero ou tão pequeno que não vale apena fazer novos investimentos. Num pais nada amigável ao empreendedorismo, seis milhões terão de optar por subemprego ou então comer o pão que o diabo amassou, tornando-se empresários. Boa sorte a todos.

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