Mercado financeiro começa a avaliar impactos na economia

A sequência de manifestações populares nas principais cidades brasileiras, que começou contra as passagens de ônibus e hoje abraça um sem número de causas e insatisfações, entrou no radar de investidores e economistas dos maiores bancos do mundo, que acompanham agora os possíveis impactos dos protestos sobre os mercado financeiro e a economia do país. O banco HSBC avaliou, por exemplo, que “os protestos tornaram-se grandes o suficiente e podem se tornar outra fonte de incerteza para o mercado”. E acrescentou, em relatório assinado pelo economista-chefe André Loes, que “não existe uma sentido de desordem nas cidades”, mas que “as imagens de episódios de violência podem pesar no sentimento do investidor, especialmente estrangeiros”.

. Para o americano Bank of America Merrill Lynch, o impacto “de curto prazo nos mercados deve ser limitado, mas os protestos podem ter um impacto importante nas eleições no ano que vem”. O banco diz que os protestos podem tornar a “corrida eleitoral para presidência mais competitiva do que o imaginado até aqui”. E acrescenta que o governo não deu sinais de como vai reagir. “Pode ser que o governo federal entenda que precisa ser mais amigável com o mercado (para promover crescimento) e faça reformas , o que seria positivo. Ou que precisa aumentar gastos sociais, para ganhar popularidade, algo negativo. A impressão é que as pessoas que participam dos protestos são de classes sociais mais elevadas, menos impactados pelos programas sociais.”

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