O Brasil não se preparou para o fim do tsunami cambial', diz Garcia

A jornalista Lucinda Pinto, Valor, entrevistou Márcio Garcia, professor da PUC do Rio e pesquisador visitante da Sloan School-MIT e NBER. Ele não crê numa crise com fuga de capital, mas acha que o  Brasil não se preparou para o fim do "tsunami cambial", sinalizado pelo Federal Reserve, e terá de conviver com um cenário de crescimento fraco, câmbio desvalorizado e juros mais altos nos próximos anos. Leia a entrevista completa de hoje:

Valor: Qual foi o sinal emitido pelo Federal Reserve?
Marcio Garcia: A intenção foi colocar um pouco de água na fervura após as declarações de maio sobre a acomodação das compras [de ativos pelo Fed]. Foi claro que tudo depende de os resultados da economia continuarem a melhorar. A maioria dos membros espera que se comece a diminuir as compras este ano, continue diminuindo no ano que vem, mas só vá subir juros em 2015. Entendo que a intenção foi dizer: vamos com calma, não vou começar a mexer com juros.

Valor: De todo modo, existe a perspectiva de uma mudança de política monetária nos EUA. De que maneira isso vai afetar o Brasil?
Garcia: O dinheiro que estava entrando de uma forma muito intensa não vai entrar da mesma forma. Não deve ser uma crise, mas será uma conjuntura mais difícil do que se viu entre 2003 e 2008. Nessa situação, o Brasil precisa melhorar seus fundamentos macro e microeconômicos para melhorar a produtividade e a competitividade. Caso contrário, não vai poder explorar todo o potencial da economia. A gente não vai ter tanta ajuda de fora como teve antes.

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Um comentário:

Anônimo disse...

CUT, MST, UNE, Levante, MMM e JPT, militância do PT e PCdoB, CTB, UJS, hoje nas ruas, para manifestação pacífica:

Em São Paulo:

Concentração conjunta da CUT com o MST, Levante, MMM, UNE, UBES e JPT hoje na Pça em frente à Av Angélica, perto do metrô Paulista às 16h.

No Rio, será na Candelária, a partir das 17 horas.



Além da comemoração da redução da passagem, já que a manifestação é difusa, cada um precisa expressar aquilo que acha importante para um Brasil melhor, mais justo, mais igual, como melhor distribuição de renda, com os mais ricos pagando mais impostos para os mais pobres pagarem menos e haver melhores serviços públicos, pelo fim do financiamento privado de campanha que incentiva a corrupção, pela reforma política, contra o oligopólio da Globo, contra a sonegação fiscal, por mais participação popular nas decisões políticas, pelo Judiciário e Ministério Público ter 30 dias de férias e não 60, pelo fim dos auxílios moradia e outras vantagens que elevam os salários acima do teto do funcionalismo, pelo fim de privilégios indevidos com dinheiro público, etc.

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