Artigo, Luiz Carlos da Cunha, blog do Puggina - Desordeiros precoces ou autoridades infantis

CLIQUE AQUI paera ler,também, "Brasil, um País tomado de assalto"m C´pesar Augusto Trinta Weber, médico.

Assistimos nestes tempos tumultuados a irracionalidade avassaladora estrangular o bom senso. Escolas são invadidas por garotos, bloqueando colegas dispostos a frequentar as salas de aprendizado, desassistidos por seus pais, responsáveis legais por seus filhos, sob a inépcia das autoridades. Tanto as autoridades adstritas à educação e ensino, como as jurídicas focadas na infância. A tibieza das autoridades vem de longe, passo a passo, palmilhando a rota descensional da tolerância ao erro e ao crime. O secretário da Educação, ao invés de chamar os rebelados para debaterem pleitos em seu gabinete — o átrio legal de sua autoridade —, vai ao encontro dos invasores, parolar na escola violentada, dilapidada, agredida na postura acovardada de um refém. Consolida assim sua fragilidade perante a lei, ao mesmo tempo que alimenta os jovens na crença do desrespeito à ordem, à disciplina, aos princípios formadores da democracia. Constroem na atmosfera delinquente a inversão tolerada e estimulada dos valores legais e democráticos no rumo catastrófico da falta de limites.

Cabe aos adultos instruir as crianças, igual a outras espécies, na prática educativa e protetora dos limites necessariamente impostos aos filhotes em defesa da vida e integridade física; o homo sapiens inclui os limites de ação prejudicial ao semelhante, à coletividade na expressão peculiar e humana da moral. A consciência social. Impõe-se ao poder público e educacional a convocação dos pais e responsáveis pelos menores invasores da propriedade comunitária, esteada no juizado da infância e da juventude e no dever administrativo imposto pela Constituição.

Ou incute-se o império da lei, ou destrambelha-se o país pela dissolução social. Não há meios termos a decidir. Flagramos um paradoxo irreprimível: uma infância precocemente revigorada no desrespeito à convivência social, por aqueles adultos, pais ou eleitos para o exercício da autoridade, anestesiados pelo infantilismo, irmanados na construção do desastre nacional.    

4 comentários:

Anônimo disse...

Perfeito.
Obrigado, César

Anônimo disse...

Chega do politicamente correto. Ordem é Progresso.

Anônimo disse...

Ontem assisti uma reportagem na TV sobre os vários casos de crianças que morrem asfixiadas pelas cordinhas de persianas lá nos EUA.

A reportagem dizia que no Brasil a estatística não deveria ser diferente e alertava para alguns cuidados simples, como abrir o laço ou diminuir o comprimento da corda, tornando-a inacessível.

Até entendo e aplaudo a utilidade pública do alerta, porém não consegui deixar de refletir sobre o analfabetismo funcional, a inércia, o descaso, a irresponsabilidade dos jovens pais. Criança pequena tem de ser permanentemente vigiada, um descuido e pimba.

Na mesma linha, refleti sobre ideário do "politicamente correto" e da imposição de uma cultura esquerdista de frouxidão e de intromissão na criação, no pátrio poder; na formação de uma geração de jovens sem tolerância à frustração ou, ao inverso, de uma geração de frouxos. Lembro da lei da palmada e penso logo em quantas mortes poderiam ser evitadas agora bem como quantas foram evitadas no passado, simplesmente porque os pais davam logo uma palmadinha nas crianças desobedientes que mexiam aonde não podiam ou não deviam mexer. E isso as ensinava e ativava a memória quando estavam sozinhas por alguns instantes.

Finalmente, me perguntei: quantas pessoas com mais de 50 anos brincaram na infância livremente com as cordinhas da persiana de mamãe? Quem ouviu logo um "ai, ai, ai, aí não!"? Quem levou uma palmada ou ficou de castigo antes da medida mais radical, por desobedecer? Com as mesmas penalidades, quem brincou com faca, saco plástico, copo de vidro, prato de louça, tomada, no automóvel do papai, com álcool... kkkkkkkkkkk

Pedro Amaro Ramos Machado disse...

Parabéns ao Dr Augusto Trinta Weber pela clareza e sinceridade ao relembrar aos pais, professores, autoridades e todos aqueles compromissados com a formação ética e moral de nossas crianças e jovens. Obrigado Sr Weber. Pedro Amaro Ramos Machado. Militar do Exército na Reserva.

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