Daniel Dantas, o dono do Opportunity.
O Banco Opportunity reagiu hoje à nota postada ontem pelo editor sob o título“Mendonça de Barros diz que governo gaúcho perderá ação da dívida com a União” e mandou a nota que vai a seguir, que esclarece pontos importantíssimos sobre o leilão de privatização das empresas de telecomunicações.
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É preciso esclarecer que:
O Opportunity não teve qualquer favorecimento no leilão da Telebras.
O Opportunity participou do leilão e privatização da Telebrás, em julho de 1998, por meio de três fundos de investimentos. O primeiro contou com recursos do Citigroup. O segundo abrigou os investimentos dos fundos de pensão estatais e o terceiro reuniu outros investidores do Opportunity.
O leilão da Telebrás resultou na venda de três operadoras de telefonia fixa: Telesp, Tele Centro-Sul (Brasil Telecom) e Tele Norte-Leste (Telemar).
O consórcio da Globo, Bradesco e Telecom Itália era apontado como favorito para comprar a Telesp. A Telefónica era tida como a potencial compradora da Tele Centro-Sul, operadora que atuaria na mesma área da CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações), da qual os espanhóis tinham o controle. Restava, portanto, a Tele Norte-Leste (Telemar) que o consórcio do Opportunity se preparara para comprar.
No leilão nenhuma das expectativas se confirmou.
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Um comentário:
Prezado Polibio,
Lembrei-me que Reinaldo Azevedo já havia abordado este assunto em abril de 2010 em coluna entitulada "Uma Grande Farsa do Petismo Chega ao Fim!!!" . Nela, ele transcreve partes da sentença - e dá acesso ao inteiro teor da mesma - citando o voto do Exc. Juiz Tourinho Neto como escancaradamente claro (no que diz respeito a refutar os pseudos argumentos da denúncia), como se vê logo abaixo (com grifos meus) no que tange à denúncia contra os senhores Luiz Carlos Mendonça de Barros (ministro das Comunicações no governo FHC), André Lara Rezende e José Pio Borges (ex-presidentes do BNDES):
"A participação da Previ não se dava no consórcio Telemar, mas no consórcio Opportunity, que foi excluído do leilão em razão de ter adquirido antes a Tele Centro-Sul Participações S.A..(…)
Ora, nas conclusões do Ministério Público que atua junto ao TCU, em relatório de inspeção, sob a lavra do Procurador Geral Lucas Rochas Furtado, entendeu-se que os responsáveis não visavam favorecer em particular o consórcio composto pelo Banco Opportunity e pela Itália Telecom, mas favorecer a competitividade do leilão da Tele Norte Leste S/A, objetivando um melhor resultado para o erário na desestatização dessa empresa (fls. 2745/2747)."
...
"Conforme exposto acima, não restaram provadas as nulidades levantadas no processo licitatório de privatização do Sistema Telebrás. Da mesma forma, não está demonstrada a má-fé, premissa do ato ilegal e ímprobo, para impor-se uma condenação aos réus. Também não se vislumbrou ofensa aos princípios constitucionais da Administração Pública para configurar a improbidade administrativa."
A nota do Opportunity foi econômica ao não citar partes da decisão judicial. Não conheço pessoalmente e também nunca tive nenhum tipo de contato / relacionamento com o Sr. Mendonça de Barros. Ainda que seja demérito (e pessoalmente eu penso que sim) o apoio do Sr. Mendonça de Barros à reeleição de Tarso Genro no pleito pregresso, essa perseguição do PT às pessoas de conduta proba do governo FHC - a exemplo do Sr. Eduardo Jorge Caldas Pereira, perseguido pelo procurador notoriamente petista Luiz Francisco de Sousa, um excêntrico que admitia abrir inquéritos com base em denúncias veiculadas / "sopradas" pela imprensa - jamais deve ser esquecida mas sim sistematicamente relembrada, esclarecida e repudiada, tal como fez o jornalista Diego Casagrande em seu livro "Vanguarda do Atraso" relatando a história de perseguição movida pelo Partido dos Trabalhadores ao próprio editor deste site e a outras pessoas.
Abraço,
NAPALM
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