O editor recomenda a leitura atenta da entrevista completa publicada pelo jornal. -
Até recentemente peça central da articulação política do
governo, o ministro de Aviação Civil, Eliseu Padilha, disse continuar com a
mais absoluta convicção de que vaca não está reconhecendo bezerro no Congresso
Nacional.
''Nesse cenário, qualquer previsão sobre o que vai
acontecer, desde impeachment da presidente a votação da CPMF ou outros temas, é
simplesmente aleatória'', disse Padilha. ''Estamos vivendo neste momento muita
dificuldade para a articulação política, à medida que se queira contabilizar
quanto votos tem a favor da tese a,b, c e d'', disse ele, em entrevista em
Moscou, onde acompanha o vice-presidente Michel Temer.
Para Padilha, mapeamento sobre voto contra a favor no
Congresso, pelo Palácio do Planalto, é muito útil para orientar a ação do
governo, mesmo se o resultado não lhe seja o esperado. 'Falo no genérico, mas
vai envolver todos os temas.' O ministro avalia que a espinha dorsal do comando
dos partidos está fraturada e não corresponde às expectativas, daí a frequência
de derrotas do governo impostas também por sua base de sustentação.
'As lideranças hoje não comandam, os parlamentares estão
insatisfeitos e agora há mais um elemento para complicar', nota o ministro.
'Quando o governo tem alto nível de popularidade, há uma tendência de o
parlamento querer estar na foto com o governo. Quando a popularidade baixa, a
tendência é de o parlamentar buscar o diálogo com a sociedade, que é sua
sustentação e sobrevivência'', diz Padilha.
Esse diálogo é que faz com os parlamentares reajam contra
o pacote que o governo acaba de anunciar: ''O parlamentar sabe que sem
equilibrar as contas o país não tem solução, de forma implícita ou por
conhecimento. Mas como o horizonte é da sobrevivência política, a tendência é
dialogar com a rua, que não está vendo com bons olhos as ações do governo''.
Para Padilha, a tendência é jogar com a rua. ''Daí porque é particularmente
aleatória qualquer previsão sobre o que vai acontecer no Congresso. Hoje o que
a gente sente é a necessidade de garantir a sobrevivência.'' Ele destaca que se
faz política com um dos dois instrumentos: verba ou verbo. ''No caso do
primeiro, o Brasil tem crise fiscal generalizada. E o verbo é falar o que as
pessoas querem ouvir, o que neste momento não é o que os políticos em geral
podem fazer.''
Depois de ter saído com Temer da articulação política,
Padilha ainda se ocupa de concluir trabalhos sobre verbas de emendas
parlamentares, incluindo RS 2,8 bilhões para 5 mil obras ainda de anos
anteriores e não liberados até hoje.
Segundo o ministro, quando retornar da viagem a Moscou e
Varsóvia, Temer vai reunir as lideranças do PMDB para se posicionar
publicamente sobre as medidas propostas pelo governo para ajustar as contas
públicas.
''Acho que o vice-presidente Temer não vai externar
nenhuma posição sem ouvir o partido'', afirmou Padilha. De um lado, os
problemas do governo são também problema dele, como vice-presidente. De outro,
Padilha lembra que Temer não pode cortar o cordão umbilical com o PMDB, pois é
o presidente do partido
.
Nessas circunstâncias, Temer vai levar o tema ao partido,
e ver como poderá contribuir para que o governo consiga resolver essa questão
dificílima de equilibrar suas contas com alguma rapidez.
O vice-presidente tem falado por telefone com as
lideranças em Brasília e quando retomar ao Brasil vai certamente conversar com
todos os principais líderes e possivelmente reunir a executiva nacional do
partido, na semana que vem, diz Padilha.
Para o ministro, a questão não é exatamente de ser
contra. Ao seu ver, a manifestação do presidente do Senado, Renan Calheiros,
traduz melhor o sentimento hoje no PMDB. Primeiro, não vamos ainda discutir o
que não se conhece. Ninguém sabe a extensão efetiva da reforma administrativa,
com corte de ministérios e cargos comissionados, e o quanto tem de ser coberto
por impostos.
Em sua passagem por Varsóvia, Temer novamente esquivou-se
de perguntas sobre o pacote com a seguinte frase: Cada meia palavra que digo
pode ter um significado equivocado. Já Padilha repetiu declarações feitas em
Moscou e pediu 'sensibilidade política' do governo na negociação com o
Congresso.
5 comentários:
Eu acho que o Padilha deveria ter dito que os comandos dos partidos estão FLATURADOS, porque a força das lideranças que se venderam para o governo corrupto, equivale a menos que a força de um peido!
Esse indivíduo, Padilha, já entrou para a história do nosso país como um dos mais bem acabados corruptos fisiológicos que o Brasil teve o azar de ter como filho, ou melhor, um FDP com louvor. O melliante age desde sempre nos subterrâneos mais sombrios de Brasília, com um só objetivo: se dar bem! Tem imóvel aqui em SC no mais valorizado endereço de Floripa.
Eu só queria fazer um rápido comentário: VAI PRA CASA PADILHA!
Esse Padilha é um molusco! Não tem coluna vertebral! Figurinha carimbada da política nacional. Serve-se do poder. Moralidade e ética são palavras fora do seu vocabulário! Um péssimo exemplo! Que horror!
Carlos Alberto Beschorner
Porto Alegre
E aqui nos RS não é diferente, corre o boca a boca as maracutaias que ele aprontou..seja o parque eólico e mais..
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