Luiz Fernando pede punição no caso dos colaboracionistas do regime militar. Sobre isto, saiba o que denunciou Juremir Machado em relação a Érico Veríssimo.

- Ao lado, Érico e o então promissor publicitário, jornalista e escritor Luiz Fernando, seu filho. 

O escritor gaúcho Luiz Fernando Veríssimo defende a revelação dos nomes de todos que foram coniventes com a ditadura militar e com isto repercute a denúncia do ex-deputado Carlos Araújo em relação à Fiesp. Escreve o gaúcho: "Não há comparação entre o empresário que goza vendo tortura ou julga estar salvando a pátria com sua cumplicidade na repressão selvagem e o empresário que quer apenas fazer bons negócios e se submete ao esquema de corrupção vigente". Quando trata dos coniventes, Luiz Fernando pisa em ovos, porque da mesma forma que no regime colaboracionista de Vichy, na França, a maior parte da população esteve lado a lado dos nazistas. Aliás, outro escritor e jornalista gaúcho, Juremir Machado, do Correio do Povo, quando ainda trabalhava no jornal Zero Hora, acusou sem meias palavras o próprio pai de Luiz Fernando, Érico Veríssimo, de ter colaborado com o regime militar, o que foi uma evidente injúria e difamação. O episódio custou o emprego de Juremir. Leia:

O ex-deputado estadual e ex-marido da Dilma, Carlos Araújo (foto abaixo), não é um ex-ativista politico, pois recentemente voltou à militância partidária no PDT, apesar de limitado pela saúde. Quando militava na resistência à ditadura foi preso, junto com a Dilma, e os dois foram torturados.
Depondo diante da Comissão Nacional da Verdade, esta semana, sobre sua experiência, Araújo lembrou a participação de empresários na repressão, muitas vezes assistindo à ou incentivando a tortura.
Que eu saiba, foi a primeira vez que um depoente tocou no assunto nebuloso da cumplicidade do empresariado, através da famigerada Operação Bandeirantes, em São Paulo, ou da iniciativa individual, no terrorismo de estado.

O assunto é nebuloso porque desapareceu no mesmo silêncio conveniente que se seguiu à queda do Collor e à revelação do esquema montado pelo P. C. Farias para canalizar todos os negócios com o governo através da sua firma, à qual alguns dos maiores empresários do país recorreram sem fazer muitas perguntas.
A analogia só é falha porque não há comparação entre o empresário que goza vendo tortura ou julga estar salvando a pátria com sua cumplicidade na repressão selvagem e o empresário que quer apenas fazer bons negócios e se submete ao esquema de corrupção vigente.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Brasil: Muito passado para pouco futuro.

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