Chineses plantam notícias, mas só o Brasil poderá satisfazê-los com soja farta

- Fotos do entorno do porto de Santos, hoje. Desde a virada do século, a produção brasileira de grãos pulou de 100 milhões de t para 180 milhões, mas não saíram novas rodovias, novas ferrovias, novos portos e novas hidrovias. O resultado é esse caos que você vê ao lado.

Grupo Sunrise, maior trading chinesa de soja, cancelou compra de 10 carregamentos do Brasil que haviam sido contratados para serem entregues em janeiro e fevereiro; outras 23 cargas esperadas para abril e junho podem ser rechaçadas, Besta quinta-feira 21, excesso de caminhões que formam fila para chegar ao porto de Santos mostra nó nacional na infraestrutura; chineses começam a comprar de grãos na Argentina.

. A notícia acima é a que vem circulando deste sexta-feira no Brasil e nos principais mundiais de soja.

. “Os chineses são estrategistas e estão disseminando informações como essas”, disse ao editor o diretor da Brasoja, Antonio Sartori. O editor falou com Sartori no final da tarde de quinta-feira.

. Por que é tudo mentira?

. Por que os chineses precisam comprar 63 milhões de toneladas de soja e não podem fazer isto nos EUA, que quebrou a safra no ano passado e não tem grãos, e não podem comprar da Argentina, porque os produtores locais estão retendo a produção, esperando desvalorização do peso.

. Sobra apenas o Brasil.

. O Brasil colhe 82 milhões de toneladas e deve exportar 40 milhões de grãos,

. É verdade que as rodovias, ferrovias, hidrovias e portos estão atravancados, porque não há investimento em infraestrutura há muitos e muitos anos, mas neste momento, sem alternativa, os chineses terão que aguardar. Eles são mestres da paciência.

- Nesta quinta, demonstrando que o mercado não acredita nas notícias, a cotação da soja subiu 29 pontos em Chicago, batendo em US$ 14,49 o bushel.

Um comentário:

Aristóteles disse...

O problema é que a Argentina sobretaxa exportação de grãos e estimula a venda farelo e óleo de soja, tanto que as quatros irmãs ABCD (ADM, Bunge, Cargill e Dreifus) montaram esmagadoras de soja em Buenos Aires, para atender as exportações.

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