O livro “Octavio, O Civil dos 18 do Forte de Copacabana”, do jornalista gaúcho Afonso Licks, a convite do "Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana", será lançado no próprio Forte, no Rio, no dia 5 de julho, em ato de comemoração à data da Revolta de 1922, o primeiro movimento do Tenentismo. Ainda neste ano, o lançamento do livro acontecerá no Quaraí.
Homem da Fronteira do RS, Octavio Corrêa completaria 130 anos
de nascimento neste dia 3 de junho. O ginete muito rico que trocou o Quaraí por
Paris, estava à frente dos rebeldes militares da Revolta do Forte de Copacabana,
trajando chapéu, terno, gravata e com o fuzil na mão, quando apenas 18
heróis enfrentaram oito mil militares, em 1922. O mais longo estado de
sítio que o país sofreu, com perseguições, censura e prisões de jornalistas
promovidas pela República Velha, impedia que se falasse sobre ele. Depois, com
a Revolução de 30, o marketing da nova ordem idealizava o único civil dos 18 do
Forte, mas nem o nome de Octavio era escrito corretamente. O personagem real
desapareceu nas sombras da História.
Restaram registros dizendo que ele era um advogado que
desceu de carro a Serra de Petrópolis tendo um cobertor enfiado no pescoço como
um poncho, para ir morrer numa briga que não era sua. Nada disso confere com a
imagem do quaraiense elegante e sereno entre os líderes da marcha para a morte
na calçada mais famosa do mundo que a foto da revista O Malho não deixa
desmentir.
Após seis anos de pesquisas, este capítulo da História do
Brasil que nunca foi contado agora ganha informações inéditas sobre a motivação
de Octavio Corrêa e os acontecimentos de 5 e 6 de julho de 1922.
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