Análise mostra que divisão de votos entre Aécio e Dilma é mais por classe social do que por região

Nesta análise que a Folha de S. Paulo fez na sua edição de hoje, o candidato Aécio Neves vai a 74% dos votos válidos entre os que pertencem à classe alta e a 67% entre os da média alta. As duas juntas, que representam aproximadamente 31% do eleitorado, contribuem com 21 pontos do apoio ao senador e com 10 pontos para a reeleição da petista.Na outra ponta, Dilma tem 64% entre os excluídos (baixa escolaridade e renda) e 53% entre os da classe média baixa, que são 38% do eleitorado. Com tal peso, essas classes contribuem juntas com 23 pontos dos votos válidos da petista e com 15 dos do tucano. Entre os da classe média intermediária, estrato que mais cresceu nos 12 anos de governo petista, a contribuição com os dois candidatos é a mesma em pontos percentuais –ambos aparecem empatados no segmento: 15 pontos para Aécio e 16 para Dilma.

. Leia toda a análise (o gráfico ao lado é da Folha):

. Logo, o que determina a ligeira vantagem numérica de Aécio é conseguir mais pontos nos estratos carentes do que a petista nos mais ricos.

. A vantagem pode se intensificar caso a estratégia de comunicação do tucano aumente sua participação entre os que têm menor renda e escolaridade. Se por um lado sua rejeição não é tão expressiva, por outro as classes baixas são justamente onde a presidente obtém sua maior parcela de eleitores convictos. Com essa cristalização do voto nos extremos da classificação socioeconômica, a decisão caberá ao segmento que vem equilibrando a disputa, a classe média intermediária.

. Mais feminino, jovem, escolarizado e nordestino, porém com menor renda em comparação com o total da população, esse contingente numeroso e economicamente ativo parece não encontrar satisfação no emprego, e, em condições financeiras desfavoráveis, se mostra insatisfeito com a qualidade dos serviços públicos que utiliza. Votaram mais em Marina do que a média dos brasileiros e se dividem agora na busca por um representante.

. Ao invés da desconstrução de um ou outro candidato, esses eleitores esperam propostas para seus dilemas. Entre o medo de perder o que foi conquistado e a revolta pela estagnação econômica, ao menos nas próximas semanas são os que receberão especial atenção dos presidenciáveis.

Um comentário:

Anônimo disse...

Políbio,

Dois dias antes do 1o.Turno, escutei o seguinte de uma mulher/45anos/Classe C/RS-interior/metade sul/voto Aécio-Ana:

- O pessoal lá na vila, vai votar na Dillma porque tem medo de perder o Bolsa-Família.

JulioK

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