Fernando Schuller é ex-secretário estadual da Justiça
Uma sugestiva coincidência reacendeu, neste triste mês de janeiro, o recente debate travado no Rio Grande sobre os rumos de nosso sistema prisional. De um lado, tivemos a representação feita à OEA, relativamente às condições do Presídio Central, por um conjunto de instituições gaúchas comprometidas com os direitos humanos. De outro, a inauguração do primeiro complexo prisional brasileiro no modelo das PPPs, em Ribeirão das Neves, perto de Belo Horizonte.Há argumentos relevantes no lado dos que criticam o modelo de gestão privada dos presídios. Empresas podem fazer lobby e pressionar o poder público por vantagens indevidas. Podem remunerar mal e deixar de treinar seu pessoal, comprar insumos de menor qualidade e driblar a legislação. Há riscos, e eles devem ser levados em conta. O pior erro em um debate como este é supor que há um modelo perfeito de gestão a ser adotado.
O modelo atual não gera lucro para ninguém, mas não
funciona. Sua anatomia está exposta, minuciosamente, no texto da representação
à OEA. Ninguém o definiu melhor do que o promotor Gilmar Bortolotto, ao se
referir à situação do Presídio Central: "O juiz não manda nada, o promotor
não manda nada, a direção não manda nada". Ou seja, o Estado faz a gestão
direta do sistema, mas, na prática, não consegue trocar uma lâmpada ou
disciplinar os preços da cantina dos apenados. É evidente que a culpa deste
estado de coisas não é do atual governo. Os governos passam a ser culpados se
não têm a coragem de propor alternativas estruturais para os problemas.
O fato é que os órgãos de Estado não foram concebidos
para administrar serviços.
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3 comentários:
Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça), e Aloizio Mercadante (Educação), assinam nesta quinta-feira, 7, em Brasília, acordo de cooperação técnica para a inclusão de presos no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O acordo estabelece a oferta da Bolsa-Formação. Serão atendidas pessoas que cumprem penas nos regimes aberto, semiaberto, fechado e de prisões provisórias, além daquelas que já cumpriram as penas previstas. Até 2014, a previsão de oferta é de 90 mil vagas, sendo 35 mil neste ano.
Alguém acredita na recuperação e regeneração de bandidos? Eu não acredito. As leis existem para quê? A transgressão das leis tem como resultado penalidades e punições. Então, quem descumpre a lei sabe que poderá ser penalizado e punido.
A continuar assim, neste ritmo kafkiano, logo aparecerá algum político calhorda propondo uma lei para prender aqueles que andam na linha e são íntegros e honestos e soltar a bandidagem corrupta, criminosa e assassina que infesta o país.
Sr. Luiz Vargas, às 13:32.
Atualize-se. Quem anda na linha, já está preso !
Preso em casa, literalmetne atrás das grades.
Preso no carro.
Preso somente num lugar da cidade, pois se sair dali, SERÁ assaltado.
A bandidagem ... já está solta !
Veja Santa Catarina !
Não precisa de lei de algum político. Isso JÁ OCORRE !
QUANDO UM JUIZ SOLTA UM PRESO QUE DEVERIA ESTAR PRESO, E ESTE COMETE OUTROS CRIMES, NÃO SÓ O CONDENADO TEM QUE RESPONDER POR OS NOVOS CRIMES, MAS TAMBÉM O JUIZ QUE O SOLTOU, PORQUE SE O MELIANTE ESTIVESSE PRESO, NENHUM CRIME TERIA SIDO COMETIDO.
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