Você não pode deixar de ler as informações e análises a seguir, sem clicar, antes, no endereço postado abaixo, para entrar no clima. São postais de Havana. O cantor é Javier Castillo. Como se sabe, Lula, Cristina e Chavez morrem de amores por Havana. CLIQUE antes: http://www.clarin.com/diario/2008/08/04/conexiones/castillo1.html
. Depois de desembarcar em Buenos Aires com a maior missão empresarial que o Brasil já levou à Argentina, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi surpreendido com um encontro trilateral com a presidente Cristina Kirchner e Hugo Chávez (Venezuela).
. A chegada de Chávez só deveria ocorrer nesta terça (5), quando ele e Cristina irão à Bolívia prestar solidariedade ao colega Evo Morales, afundado numa crise política interna. Lula queria discutir a redução da alíquota do trigo argentino e investimentos do BNDES.
. O jornal Clarin, de Buenos Aires, informou que Lula não queria se encontrar com Chavez, pelo menos não no primeiro dia, e que teria levado três camisas para presentear alguém. Se não queria dar os regalos a Chavez, a quem Lula queria agradar ?
"Clarin Al final, Lula concedió hasta el retraso de su vuelo, originalmente pautado para las 16.30 y materializado poco antes de las 18. En la reunión trilateral, que duró casi una hora le regaló tres camisas a Chávez de la misma marca bahiana que lució en su asunción en 2002. Y también invitó a los presidentes de Argentina y Venezuela a reunirse nuevamente en Pernambuco, el 6 de setiembre. El 7, Cristina estará en Brasilia, adonde participará de los festejos patrios del país vecino y el 8 mantendrá una bilateral con Lula e inaugurará una planta de energía eólica."
LULA TENTA AJUDAR CRISTINA. INTERVENÇÃO É ESCANDALOSA.
Eis o que escreveu há pouco o prefeito do Rio, César Maia, observador atento aso que ocorre no continente:
1. A presidenta Cristina Kirchner vem enfrentando uma curva fortemente descendente em sua popularidade. O mais importante segmento empresarial argentino -o agronegócio- durante os últimos 3 meses fez fortes protestos contra a criação de uma retenção móvel aos exportadores - na prática um aumento de tributação. A oposição exigiu que se autorizasse por lei esta retenção. O governo perdeu no Congresso -venceu na Câmara e perdeu no Senado- apesar do enorme controle político que exerce sobre os parlamentares.
2. Num quadro desses, o presidente de outro país, no caso o Brasil, se desloca a Argentina para dar força e prestigiar a presidenta daquele país. E mais, leva uma comitiva de 230 empresários, o que na prática é fazer o contraponto ao empresariado local. Ou seja: na medida em que a impopularidade da presidenta cresce e que a oposição se fortalece, Lula vai a Buenos Aires dar uma mãozinha a ela contra a oposição. Hoje chega o presidente Chávez com o mesmo propósito.
3. Isso já havia ocorrido pelo menos, duas vezes. Uma na Venezuela, quando os presidentes do Brasil, Argentina, Bolívia e Equador foram dar uma força a Chávez num momento de desgaste. Outra, mais recente, com o presidente da Bolívia -Morales- que perdeu seqüencialmente 4 plebiscitos para a oposição em 4 estados. Lá foram Lula, Chávez, Cristina e Rafael, dar uma força a Morales e dizer que estão com ele contra a oposição política boliviana e não abrem.
4. O nome disso é INTERVENIÊNCIA NOS ASSUNTOS INTERNOS DE OUTROS PAÍSES. Imaginem se no desgaste anterior de Sarkozy (que já vem se recuperando) e no desgaste atual de Gordon Brown, os chefes de governo europeus resolvessem tomar um vinho em Paris e um Chá, em Londres como forma de dar uma mãozinha a eles contra a oposição em seus países? E ajudar a reduzir a impopularidade de ambos. Isso seria considerado um escândalo internacional e desrespeito às instituições políticas. Aqui na nossa América Latina dão um chega para lá nas instituições e vale tudo.
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