No apagar das luzes do seu governo e mesmo sabendo que na CEEE o caso estava sub judice, o prefeito João Verle passou para o Incra o terreno que permutou com a CEEE e que fica sob os trilhos do aeromóvel. Uma área valorizadíssima no centro de Porto Alegre. Verle fez a compra sob a alegação de que faria ali uma escola.
. O imóvel tinha 15 mil metros quadrados, era avaliado no cadastro da Prefeitura por mais de R$ 7 milhões (em 2002), e foi avaliado, para "permuta por índices construtivos", em R$ 3,5 milhões, metade do valor. Isso para ficar no âmbito da Diretoria da CEEE, petista. e o valor fosse maior, teria que ir para o Conselho de Administração, que provavelmente vetaria o negócio.
. O artífice do negócio foi Vicente Rauber, Presidente da CEEE em 2002, que até hoje ocupa um posto no Conselho de Administração da estatal, indicado pelo Governo Federal.
. Pelo Município, o responsável pelo mau negócio foi o então Prefeito Tarso Genro, que deixou para seu sucessor João Verle apenas a assinatura da escritura, já que renunciou no início de abril, e a permuta, toda consolidada, estava em pleno andamento, e foi assinada no início de maio de 2002.
. João Verle, que assinou a escritura, é um dos réus de outra ação (ação poular) que envolve este negócio, e corre na 4a. Vara da Fazenda da Capital. Mas outra ação foi julgada recentemente pelo Tribunal de Justiça do Estado (Apelação Cível n° 70021661087), mandando desfazer o negócio entre as administrações petistas da CEEE e do Município de Porto Alegre.
. Este negócio estranho só não foi desfeito porque a diretoria da CEEE, do governo Rigotto, preferiu ficar com Rauber, do PT, do que com a sua diretora, Magda Brossard, que denunciou os termos nebulosos do contrato. Magda demitiu-se em protesto. Aliás, Rauber voltou à CEEE como conselheiro do governo Lula.. Já passaram seis anos que o imóvel saiu da posse da CEEE, que poderia ter vendido, e usado os recursos para a gestão da energia elétrica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário