Fumageiras confirmam que podem deixar o RS

O risco de o Rio Grande do Sul perder fumageiras é cada vez maior. Reunidos ontem na Prefeitura de Santa Cruz do Sul, com representantes políticos e de entidades empresariais, os diretores das principais empresas do Vale do Rio Pardo confirmaram que a situação está se tornando insustentável e voltaram a cobrar medidas efetivas do governo gaúcho.

Com mais de R$ 300 milhões correspondentes a créditos de ICMS retidos e diante da possibilidade de aumento desse valor com a decisão de Santa Catarina não manter o protocolo de livre circulação de fumo, os executivos estão sendo atraídos por benefícios oferecidos pelo Estado vizinho. Essas situações, associadas à busca de competitividade, colocam em risco a manutenção do parque fabril existente sobretudo em Santa Cruz do Sul. Embora aleguem que não teriam interesse em mudar de Estado, os representantes das indústrias reforçaram que a iniciativa mais viável seria a instalação de unidades fora do Rio Grande do Sul.

Essa possibilidade de obter melhor rendimento e ainda estancar a geração de créditos, segundo o diretor financeiro da Kannenberg, Astor Bublitz, é o que tem motivado novas avaliações no setor. “As empresas passaram a buscar alternativas, mas até agora não se obteve uma resposta positiva. O valor acumulado é cada vez maior e ainda conta com alta incidência de tributos.

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