- O autor é João Senger, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia/Seção RS.
O mundo está envelhecendo rapidamente. O legado do século 20 foi a longevidade, e continua neste, sendo que a cada segundo duas pessoas no mundo celebram 60 anos de vida. Atualmente, o crescimento populacional se deve, em sua maior parte, a um menor número de pessoas morrendo a cada ano do que a um maior número de pessoas nascendo. A parcela da população que mais vem crescendo no mundo é a dos muitos idosos. É um grande desafio em termos de saúde, pois este grupo é mais frágil. São mais dependentes e com mais enfermidades associadas. O que importa é mantermos a funcionalidade, o que vai manter a independência ao envelhecermos.
A funcionalidade tem a ver com independência (estar bem fisicamente, nossas atividades motoras) e autonomia (estar bem cognitivamente, podermos tomar nossas decisões, fazer nossas escolhas e memória). Hoje sabemos que o antigo ensinamento grego "corpo são, mente sã" está comprovado, pois existe uma interação entre a saúde física e a mental, principalmente em relação à questão motora, influenciando a preservação da memória.
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