Análise, Reginaldo Gonçalves - Banco Central dividido

A publicação do desempenho econômico do Brasil, de 3,5%, de acordo com o FMI, um dos piores índices mundiais, causou grande impacto. O número, que pode refletir no índice global não era esperado. Mas fatores como a corrupção e o longo periodo usado para a solução da operação Lava Jato estão estagnando a economia.

A premissa dos 4,5% de inflação ao ano, com viés de 2% para cima ou para baixo, pode simplesmente cair no esquecimento, já que o fator político colaborou significativamente para a depreciação dos dados econômicos. E o desemprego fica cada vez mais evidente.

Com a piora dos dados econômicos e a falta de estímulo para as indústrias em geral, o aumento da taxa selic poderá estimular os investimentos no sistema financeiro. Isso pode gerar um grande número de demissões.

A manutenção dos juros na reunião do Copom poderá ser um estopim para que a a inflação seja maior ainda. E dificilmente o quadro se reverterá no curto prazo. Mas atenderá os anseios de um grupo de políticos. O aumento da taxa selic em 0,5% percentual, que alteraria os juros de 14,25% ao ano para 14,75% ao ano, desestimulará os investimentos, já que o capital ficará caro e isso criará impacto negativo entre os empresários.

A tomada de decisão pode ser uma das mais difíceis. E nesse momento saberemos se o Banco Central é independente. Isso poderá fazer com que o BC seja visto como orgão que trabalha com respeito e transparência. O que resta é aguardar a decisão que se aproxima.

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