O jornal Valor de hoje informa qyue em situação financeira desesperadora, o grupo Engevix deu
um ultimato à Caixa Econômica Federal (CEF): cerca de sete mil trabalhadores do
estaleiro controlado pela empresa no município de São José do Norte (RS) serão
dispensados, nos próximos dias, caso o banco não libere imediatamente uma
parcela de R$ 63 milhões retida desde outubro do ano passado para financiar a
construção de navios-plataforma encomendadas pela Petrobras.
Leia toda a reportagem:
Fontes ligadas à cúpula da empresa afirmam que ela chegou
a uma situação "limite" e precisa urgentemente de dinheiro novo para
assegurar sua sobrevivência. Um dos sócios da Engevix, José Antunes Sobrinho,
está na China para negociar um empréstimo de US$ 230 milhões com bancos locais.
A operação, segundo essas fontes, estaria praticamente fechada. Os chineses,
porém, decidiram só concretizar o financiamento quando houver a liberação de
crédito por instituições brasileiras. É por isso que a discussão do grupo com a
CEF tornou-se ainda mais dramática.
A Engevix detém 70% da Ecovix, controladora do estaleiro
gaúcho, que tem oito encomendas para cascos de plataformas do tipo FPSO. Elas
serão usadas na exploração de petróleo na camada do pré-sal. Além disso, havia
contratos para três sondas com a Sete Brasil, que estão em compasso de espera.
Os outros 30% da Ecovix pertencem a um consórcio de cinco empresas japonesas
liderado pela Mitsubishi Heavy Industries.
A CEF é agente repassadora de parte de um financiamento
total de R$ 200 milhões concedido ao estaleiro pelo Fundo de Marinha Mercante.
Pela programação original, o repasse de R$ 63 milhões deveria ter sido feito há
mais de seis meses, conforme executivos da Engevix. Os bancos têm adotado, no
entanto, postura de forte cautela para liberar crédito aos grupos investigados
pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava-Jato.
É o caso da Engevix, acusada de ter participado do cartel
que pagou propina a ex-dirigentes da Petrobras, em troca de contratos com a
estatal. Gerson Almada, outro sócio do grupo, passou mais de cinco meses detido
na PF Curitiba e só foi solto na semana passada. Ele agora cumpre prisão
domiciliar e usa tornezeleira.
Uma reunião amanhã, com dirigentes da CEF, é uma das
últimas esperanças do grupo em solucionar o impasse e ganhar sobrevida.
Procurado, o banco informou ontem que não comenta detalhes de operações de
crédito em respeito às regras do sigilo bancário. O Valor apurou que a
instituição entende que nem todas as exigências para a liberação do crédito
foram devidamente cumpridas. Há quem veja, no governo, uma tentativa de blefe.
Se o dinheiro da CEF não sair imediatamente e o
empréstimo chinês não for viabilizado, as dEmissões na Ecovix abrangerão
todo o contingente de trabalhadores e serão feitas já nos próximos dias porque
"o fôlego acabou", segundo uma pessoa que acompanha o dia a dia da
empresa. Hoje são pouco mais de sete mil trabalhadores diretos. Outras duas mil
pessoas são empregadas indiretamente. No pico das obras, o estaleiro tinha 8,5
mil funcionários.
A Engevix discute um acordo de leniência com a
Controladoria-Geral da União (CGU) e tem feito uma extensa renegociação de suas
dívidas com 11 bancos comerciais. Os sócios tentam evitar, a todo custo, um
pedido de recuperação da empresa. Eles já se conformaram, entretanto, com um
encolhimento drástico do grupo e uma volta às suas origens: a engenharia
consultoria, ou seja, elaboração de projetos.
Além de ter vendido a Desenvix, que detinha 350 megawatts
instalados em geração de energia, o grupo já fechou a venda de sua fatia nos
aeroportos de Brasília (DF) e São Gonçalo do Amarante (RN) aos argentinos da
Corporación América. Os empresários do país vizinho haviam se associado à
Engevix para constituir a Inframérica, que arrematou 100% da concessão do
aeroporto nordestino e 51% de Brasília - os 49% restantes ficaram com a
Infraero. O negócio, cujo valor não foi divulgado, ainda precisa ser aprovado
pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Além da Ecovix, sobrou no grupo
a hidrelétrica de São Roque (SC), em construção.
5 comentários:
Que demita. Vamos ver o que o PT vai gritar, principalmente os vagais dos sindicatos que não trabalham.
ENGEVIX é uma das maiores empresas SANGUESSUGAS do dinheiro do povo brasileiro, é uma empresa com alto grau de corrupção em seus quadros.
Se instalou em Rio Grande somente para "roubar" o dinheiro público, pois somente sobrevive de "adendos" ao contrato original.
A ENGEVIX é uma empresa altamente endividada, tem dividas com cerca de 11 bancos, tem diretores presos na operação LAVAJATO, é uma empresa que cresceu somente com os contratos altamente perversos (os chamados "adendos") com a Petrobras.
Engevix é um ninho de corrupção dos Petralhas em Rio Grande, tem é que quebrar mesmo.
Que sejam demitidos, pois esta empresa a ENGEVIX é um antro de corrupção, diretores presos, pagadora de propina para o PT. Ou seja ENGEVIX é uma sugadora do dinheiro do povo brasileiro, esta empresa tem é que ser fechada.
ROUBAM E DEPOIS QUEREM LEVAR AS SUAS PRÓPRIAS MALVADEZAS PARA O CUNHO SOCIAL.
QUE DEMITAM ENTÃO.
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