Artigo, Márcio Garcia - Novas perspectivas e velhos riscos (na economia global e para a economia brasileira)

No artigo a seguir, publicado na edição desta quarta do jornal Valor,  Márcio Garcia fala sobre "novas perspectivas e velhos riscos", que é o título original do material. Ele demonstra que o cenário econômico internacional mudou muito e que é preciso que o Brasil compreenda o que ocorre para se posicionar melhor, coisa que não está fazendo. leia tudo: 

O cenário econômico internacional mudou significativamente. Há duas semanas, o presidente do Fed, Ben Bernanke, fez saber que o programa de expansão monetária conhecido como QE3 (compras mensais de US$ 85 bi de títulos de longo prazo com o juro básico mantido em zero) deverá ser paulatinamente descontinuado até 2015, caso a economia dos EUA continue a se recuperar como previsto, com o desemprego continuando a cair. Embora a intenção de Bernanke fosse botar água na fervura, os efeitos do anúncio sobre os mercados financeiros internacionais foram enormes, com grande deslocamento de fundos de títulos de longo para curto prazo e de mercados emergentes para as economias centrais. Moedas e bolsas de mercados emergentes sofreram forte queda. Outro fator a aumentar as incertezas é a provável substituição de Bernanke em futuro próximo, mencionada pelo presidente Obama.Para o Brasil, tão ou mais importante do que o futuro da economia dos EUA, é como se comportará a economia chinesa. Os preços das commodities, que constituem nossos principais produtos de exportação, seguem de perto o crescimento chinês. Na semana passada, o BC chinês, ao se defrontar com queda generalizada dos mercados e ameaça de quebras bancárias, acabou revertendo medidas restritivas de política monetária que havia tomado para arrefecer a expansão do crédito doméstico fora das instituições financeiras ("shadow banking system"). Aumentaram muito as dúvidas sobre a velocidade com que o dínamo chinês continuará a crescer. Tais condicionantes do cenário externo continuarão a influenciar decisivamente a trajetória dos fluxos de capitais e dos preços dos ativos financeiros domésticos: bolsa, dólar e juros.

. Simultaneamente à piora do cenário externo, sobreveio, de forma totalmente inesperada, a onda de manifestações populares no Brasil.

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