Livro de João Luiz Vargas denuncia conspiração de Da Camino no caso da Operação Rodin

Em boa parte das 300 páginas do livro “Conspiração Rodin”,  que já está no prelo, o ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas do RS, João Luiz Vargas, dedica-se a praticar tiro ao alvo sobre o procurador junto ao TCE, Geraldo Da Camino, a quem trata como desafeto pessoal. Da mesma forma que o editor, Vargas considera Da Camino uma das chaves principais da equação que resultou na Operação Rodin, desfechada pela Polícia Federal em 2009, na época sob o comando do ministro da Justiça, Tarso Genro, que já estava em campanha aberta para o governo do RS. Eis um dos trechos principais do livro, nos quais o personagem central é Da Camino:

“ Para me atingir haveria a necessidade de trazer para as asas do Ministério da Justiça o procurador do TCE, Geraldo da Camino, que já havia demonstrado sua contrariedade às minhas posições dentro do Tribunal.Há como entender a participação de Da Camino neste processo transgredindo os limites jurisdicionais do TCE. Com a aprovação popular do governo Lula e a forte tendência de vitória de Tarso Genro para governador, caso alguns adversários fossem afastados do caminho, a participação direta de qualquer um no intento que noticiar a prisão de agentes públicos conhecidos, mesmo que não houvessem cometido crimes, daria ao procurador a condição necessária para pleitear cargos em Cortes Superiores, ou até mesmo indicação pelo futuro governador para uma cadeira vitalícia no Conselho do TCE.Quando os agentes policiais conversaram informalmente com pessoas ligadas a reitoria descobriram que a Universidade participava na elaboração de carteiras de motoristas. Era o pulo do gato. Da Camino já tinha em suas mãos valorosas informações sobre o DETRAN, repassadas por entre outras pessoas, pelo delegado estadual Luis Fernando Tubino".

CLIQUE nas fotos acima. No sentido horário, Vargas e Da Camino.