Líderes industriais do interior gaúcho mexem-se para denunciar paralisia fabril no País

Já que a Fiergs não se mexe, mexem-se as associações industriais das grandes cidades gaúchas, que começaram a fuçar sobre as razões da crise atual e a respeito das alternativas existentes.

. Na semana passada, foi a vez da ACI de Novo Hamburgo, que reúne o principal pólo calçadista do RS, ao procurar o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, para propor mudanças profundas no atual modelo econômico, como única forma de reativar a indústria do Brasil.

. Agora chegou a vez da mais poderosa das ACIs do RS, a Câmara de Indústria de Caxias do Sul, que no dia 18, segunda-feira, promoverá o “Fórum da Indústria”, que quer fazer um debate sério sobre cenários, perspectivas e desafios para a indústria brasileira.

. Os líderes industriais gaúchos não desconsideram as intervenções pontuais do governo para ajudar frações específicas de ramos industriais, mas acham que tudo isto não ataca as causas da paralisia fabril e nem oferece alternativas sustentadas.

. No RS, a indústria já completou dois anos sem crescimento. Os níveis atuais de produção são iguais aos de 2010.

. No Brasil, o cenário não é diferente.

. Há clara situação de desindustrialização.

- Nesta terça-feira, o editor recebeu análise feita pelo economista Hélio Mazzolli, que é muito parecida com o que também revelam fontes que estão dentro e fora do governo. A situação atual demonstra claramente que o modelo de expansão da economia, baseado no aumento do consumo interno, está perto da exaustão. Os números sobre o aumento da inadimplência das famílias são o maior sintoma disto.