“Fadiga da quarentena”: mecanismo psicológico incentiva o abandono do confinamento

As recomendações de distanciamento social já perduram no Brasil há mais de quatro meses. E, conforme o período de isolamento se estende, a tarefa de permanecer em casa se torna mais complicada, mesmo para os favoráveis ao confinamento. Isso porque, com o passar do tempo, a tendência é que os mecanismos psicológicos relativos aos perigos do novo coronavírus relaxem e que surja a “fadiga da quarentena” — um sintoma que atinge cada vez mais pessoas e que pode levá-las a quebrarem os protocolos —, como explica o professor Andrés Eduardo Aguirre Antúnez, do Instituto de Psicologia da USP: “Ficar em casa, para quem pode ficar, também é difícil. Vamos pensar em quem tem família, filhos pequenos, pais em teletrabalho, crianças em teleformação. Isso claramente desgasta”, aponta o especialista.

Apesar de o sintoma, somado às medidas de flexibilização do isolamento social, incentivar as pessoas a abandonarem a quarentena, como comenta o professor Gonzalo Vecina Neto da Faculdade de Saúde Pública, caso as pessoas passem a contrariar as recomendações haverá maior propagação. Ele ainda relembra que “flexibilização não é sinônimo de liberou geral”.

Além do cansaço natural acarretado pelo isolamento, outros fatores atuam sobre o psicológico humano estimulando o abandono do confinamento.

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3 comentários:

Anônimo disse...

No DF abriu tudo, a covid disparou e os leitos de utis alcançam os 94% em hospital privado.

Anônimo disse...

É claro!
Vamos culpar as vítimas.
Podiam ter posto quê? 400.000 ou 500.000 pessoas que vieram do exterior em navios e aviões em janeiro/ fevereiro por 14/15 dias apenas!
Mas NÃO....!
Melhor por 210 milhões em confinamento por tempo indeterminado; e acham que errado é quem não aceita ficar enclausurado "ad eternum" por causa dos erros alheios!

Anônimo disse...

Enquanto os bozominions desviam o foco com fofocas e coisas de costume....

Acabou a mamata: conselheiro do BNDES ganha contratos da estatal:

1 agosto, 2020

Do Estadão:

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, entre dezembro de 2019 e fevereiro deste ano, três contratos de consultoria com o consórcio do qual faz parte a G5 Partners Consultoria e Participações, no valor total de R$ 9,7 milhões, para fazer a modelagem de privatizações ou venda de participação em estatais que o governo Jair Bolsonaro planeja realizar. O vencedor dos pregões eletrônicos tinha como um dos seus sócios, até novembro, Marcelo Serfaty, presidente do Conselho de Administração do BNDES.

O empresário continua vinculado ao grupo, mas como sócio da G5 Gestora de Recursos, empresa que pertence ao mesmo conglomerado. Documentos aos quais o Estadão teve acesso mostram que a área de integridade, controladoria e gestão de riscos do banco alertou sobre potencial conflito de interesses e pediu que o vínculo fosse analisado pelo Comitê de Ética da instituição, o que não ocorreu.

O consórcio da G5 Partners ganhou a licitação para dar consultoria na privatização/participação dos aeroportos de Guarulhos, Galeão, Brasília e Confins no dia 4 de dezembro de 2019; da Casa da Moeda em 22 de janeiro deste ano; e da Ceagesp e Ceasa Minas em 21 de fevereiro. Quando ingressou no BNDES, Serfaty tinha ciência de que a empresa disputava os pregões da Casa da Moeda e da Infraero, uma vez que ele ainda constava como sócio da firma no momento em que os processos foram iniciados. Segundo a Junta Comercial de São Paulo, ele só deixou a G5 Partners sete dias após tomar posse no BNDES, em 20 de novembro.

(…)

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