Chegou ao fim a aventura da fábrica brasileira de caminhões da chinesa Yunglihong, Camaquã, RS

Ao lado, o desenho do que seria a planta da Yunlihong em Camaquã divulgado no site da empresa no Brasil: projeto nunca saiu do papel. -

Chegou ao fim a aventura brasileira da Yunlihong, fabricante chinês de caminhões e ônibus que em abril de 2012 anunciou investimento de US$ 100 milhões (R$ 185 milhões em valores da época) com recursos próprios para produzir seus veículos em Camaquã (RS). A produção deveria ter sido iniciada até o fim de 2014. Segundo reportagem do Jornal do Comércio, de Porto Alegre (RS), após várias tratativas e adiamentos, no último dia 20 de julho a prefeitura da cidade escolhida para o empreendimento retomou o terreno de 22 hectares que havia doado para a instalação da fábrica, colocando assim um ponto final no projeto que se arrastou por pouco mais de três anos desde a assinatura do protocolo de intenções entre a montadora e o governo gaúcho. Outra área de 100 hectares que já estava reservada para futuras expansões não chegou a ser passada para o nome da empresa.

“A desistência é lamentável, mas já estávamos esperando a negativa”, admitiu ao Jornal do Comércio a secretária de Indústria e Comércio de Camaquã, Maristela Monteiro. De fato, foram feitos muitos anúncios, mas nada saiu do papel, levantando a desconfiança das autoridades municipais, que em junho passado deram prazo até julho para que a Yunlihong desse sua palavra final, uma vez que o acordo de cessão do terreno previa o início das obras da fábrica para fevereiro de 2014.

 Assim como outros fabricantes chineses de veículos comerciais, a Yunlihong foi mais uma a ser atraída pelo crescimento exponencial do mercado brasileiro a partir de 2010, converteu o negócio de importações em investimentos na montagem local para atender as restrições impostas pelo governo em 2012, mas depois viu o projeto ruir por falta de financiamento, tanto da matriz na China como dos agentes brasileiros, e impossibilidade de atender às exigências de nacionalização explícitas do Inovar-Auto. Além disso, o mercado entrou em forte recessão e colocou qualquer plano na gaveta. Embora ainda não tenham declarado oficialmente o fim de seus projetos no País, empresas como Sinotruk, Foton e Shacman enfrentam dificuldades parecidas para levar adiante os empreendimentos prometidos, todos paralisados no momento.

PROJETO FRÁGIL

 Em reportagem de Automotive Business de julho de 2013, a Yunlihong havia confirmado o investimento em Camaquã, com previsão de começar a produzir no fim de 2014 e intenção de a partir de 2016 fabricar 1,5 mil unidades/mês de modelos de caminhões leves e médios, de até 8 toneladas de PBT. Também tinha entrado no projeto a produção de implementos rodoviários no País, como cegonheiras, caminhões-tanque, graneleiros (leia aqui).

 Ficava clara a falta de direção e fragilidade do projeto, já que na época a empresa não tinha feito e nem sabia se iria fazer sua habilitação ao Inovar-Auto para poder gozar dos descontos fiscais do programa, não tinha determinado qual grau de localização iria ter, nem se iria cumprir com os requisitos de nacionalização mínima de 60% para poder financiar seus produtos pelas condições vantajosas do Finame do BNDES, também não havia homologado um veículo sequer para venda no Brasil.

 Seis meses depois, em outra reportagem de Automotive Business de fevereiro de 2014, a Yunlihong informou que os planos haviam mudado. A empresa tinha chegado à obvia conclusão de que seria impossível competir no mercado brasileiro de caminhões sem a nacionalização necessária para obter os financiamentos do BNDES, responsáveis pela venda de 80% dos veículos comerciais no Brasil. Em vez de fabricar caminhões em Camaquã, a chinesa disse que iria produzir chassis de micro-ônibus de 7 metros, em versões 4x2 e 4x4, por ser um produto mais fácil de nacionalizar (leia aqui). A ideia era iniciar a operação depois de 2015 e, na sequência, começar a fazer caminhões e implementos na área de 100 hectares que a prefeitura local já tinha reservado para a empresa.


 Nenhum dos planos seguiu adiante. Representante da empresa chegou a dizer à secretária da prefeitura de Camaquã que, mesmo entregando o terreno, não tinha desistido do projeto. O site da Yunlihong continua ativo, mas ninguém atende no número de telefone divulgado da subsidiária brasileira.

21 comentários:

Justiniano disse...

Mas um grande investimento do governo Atraso Genro, muita lorota. O PT é a turma do enrolando lero. Essa chinesa deve mais uma daquelas empresas das organizações Tabajara.

Anônimo disse...

Mais uma mentira do Pinoquio do Tarso.

Anônimo disse...

Mais uma mentira do Pinoquio do Tarso.

Anônimo disse...

Mais uma mentira do Pinoquio do Tarso.

Anônimo disse...

Mais uma mentira do Pinoquio do Tarso.

Anônimo disse...

Mais uma mentira do Pinoquio do Tarso.

Anônimo disse...

Mais uma conquista do governo Tarso e do prefeito de Camaquã e que o Sartori - PMDB deu um coice na bunda.
E agora, dá para comparar Sartori com o Olívio...

Emmanuel disse...

Aventura chinesa: partido parecido, focos semelhantes, e sabe-se-lá mais o quê! O certo mesmo é que somos exportadores para a China! Sim ... exportadores de empregos. E o culpado disso? A crise internacional? Nem de longe: é só examinar a carga de impostos e onerações até mesmo sobre a folha de pagamento para entender o porquê de estarmos condenados à pobreza.

Anônimo disse...

AINDA BEM QUE ENTREGARAM O TERRENO, TEM QUE CONFERIR.

TEM EMPRESAS DE RECEBERAM TERRENO POR ESCRITURA PÚBLICA, NÃO FIZERAM E NÃO VÃO FAZER NADA DE PLANTA INDUSTRIAL E ACABARAM FICANDO COM ÁREA DE TERRAS.

COMO ISSO PASSA NO TCU DOS MUNICÍPIOS NÃO SE SABE. (?)

Anônimo disse...

e a tal da Foton ( é esse o nome?)

essa também escolheu uma péssima hora para jogar grana no Brasil, principalmente no RS...

péssimo timming empresarial...

Anônimo disse...

Ao menos não fomos "trocados" por outro Estado... Paciência.

Anônimo disse...

Quem vai investir esse estado com um governador como o Sartori?
Só louco.

Anônimo disse...

E o ex-vice beto grill? Deve estar enfiando os dedos no ..! Pois seria dele, os bônus, se viessem!

Anônimo disse...

SE FOSSE O BRITTO,ESTAVA A FORD AQUI E ESTA CHINESA ALÉM DE OUTRAS...MAS O POVINHO PROVINCIANO GAÚCHO FOI NO PAPO DOS PETISTAS E MANDOU O RS LÁ PRO BURACO...FOI NA CONVERSA MENTIROSA DO OLIVIO E DO ROSSETO NA ÉPOCA...O TARSO SE APLAUDIA QUANDO FECHAVA UM PEDÁGIO,MAS CONSEGUIU DEIXAR O RS MAIS ENTERRADO AINDA,E DE QUEBRA CRIOU A EGR,ENDIVIDANDO MAIS OS COFRES DO ESTADO,ASSIM COMO OLIVIO CRIOU A AGERGS,TUDO PARA APADRINHAMENTO DOS MILITANTES...O PT GASTA GASTA MAS FAZER O ESTADO OU O PAÍS DESENVOLVER NECA DE PITIBIRIBA...PORQUE TODOS TÊM IDEIAS COMUNISTAS NA CACHOLA,UNS MAIS,OUTROS MENOS,MAS TODOS TÊM.E O POVO PERMITE QUE ESTA FACÇÃO CRIMINOSA FIQUE NO PODER POR ANOS E ANOS.

Anônimo disse...

Muito obrigado governador Sartori por ter mandado embora a montandora Chinesa do Brasil, digo, do RS. Ninguém quer que o RS vire comunista, nem o editor, nem os blogueiros. Mas perguntar não ofende: O que ter a ver uma montadora com o Comunismo? E viva o governo tiririca da serra.

Anônimo disse...

Ainda resta de consolo aos esquerdistas a possibilidade da vinda da fábrica de carroças do exterminador do futuro, serão carroças com freios ABS e airbag para os cavalos,!

Anônimo disse...

Aqualito e pingo de Cristal
A colônia riograndense, esperando que a metrópole envie suas caravelas com espelhos, colares e tecidos... Primeiro aguardou a Ford, dos norte-americanos. Agora esperam "investimentos" dos seus novos senhores, os chineses! O Rio Grande do Sul está como um mendigo com o chapéu na mão, esperando que alguma nação bondosa faça alguma caridade.
Que triste destino para um estado que já foi tão orgulhoso e altivo! O único lugar onde temos espaço para nosso orgulho e auto-estima é naquela lona gigante onde fica o picadeiro do 20 de setembro.

Anônimo disse...

Em 4 anos, Atraso Genro termina de destruir o estado, e agora, finalmente, a esquerdalha bovina aparece para tentar meter a culpa no do Sartori. É uma piada mesmo.

Justiniano disse...

O Rio Grande do Sul está como um mendigo com o chapéu na mão, esperando que alguma nação bondosa faça alguma caridade e acrescente-se o Brasil, pois depois de todos esses saques que o PT fez no país e no estado, somente a China poderá salvar.

A Petrobrás vai virar um empresa chinesa porque já enfiaram uns 50 bilhões, mas um pouco e já é deles.Prefiro chinês a petralha no comando da Petrobrás. A Braskem segundo mercado depois do lava-jato também é uma empresa que o capital chinês poderá comprar.

O PT vai conseguir fazer um bazar de companhias baratas, porque o real derreteu e os chineses estão cheios de verdinhas para investir. E aí virão chineses trabalhar e sem sindicatos murrinhas.

Anônimo disse...

A comunidade da Região de Camaquã não vai esquecer da passividade do governo tiririca da Serra e do Beto Gril. Será que se a empresa estivesse para ser instalada em Caxias do Sul, o tiririca da serra também cruzaria os braços?

Anônimo disse...

A comunidade da Região de Camaquã não vai esquecer da passividade do governo tiririca da Serra e do Beto Gril. Será que se a empresa estivesse para ser instalada em Caxias do Sul, o tiririca da serra também cruzaria os braços?

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