Yeda tolera traição e não demite presidente da Fapergs

Até o início desta quinta-feira, o governo estadual não tinha decidido demitir o presidente da Fapergs, Costa Mattos, que na semana passada desobedeceu ordem expressa do secretário Eduardo Macluf e votou contra o governo na eleição do novo presidente do Sebrae. A ordem partiu de Yeda Crusius.
. O voto da Fapergs foi decisivo para a vitória do candidato do governo federal do PT e da Fiergs, Vitor Koch, presidente da Federação de CDLs. O governo estadual tinha direito a quatro votos, mas apenas Costa Mattos desobedeceu a orientação do Piratini.

. Até mais grave do que trair o governo ao qual pertence, foi a posição de Costa Mattos na noite anterior e no dia da votação, quando redigiu de próprio punho (veja fac símile no link) um acordo entre ele e mais Federasul, Fecomércio e Farsul, diante de testemunhas, na casa do candidato da maioria, o presidente da Federasul, José Paulo Cairolli. O acerto é uma vergonha do ponto de vista políico e ocorreu à revelia do governo. Ao redigir o acordo, poucas horas antes da votação, o presidente da Fapergs encheu seu copo de uísque e convidou as testemunhas para um brinde:

- Vamos brindar à nossa vitória !

. Poucas horas depois, traiu o compromisso do governo, violou o acordo que assinou com Federasul, Farsul e Fecomércio, e votou com os adversários.

. A demissão de Costa Mattos chegou a ser discutida dentro do governo, mas ele não foi demitido, sob o argumento de que não vale a pena comprar outra briga política a 20 dias do final do governo. O governo tem imposto sua autoridade neste final de mandato, até mesmo diante dos adversários, mas parece abrir mão disto na reta final.

- Sem condições de pertencer ao governo que traiu, o presidente da Fapergs nem por isto mostra-se capaz de ele mesmo pedi demissão, evitando que Yeda seja obrigada a se desgastar, botando-o para fora. O editor tem informações juradas de que é falso o argumento de Costa Mattos sobre apoio que teria recebido do Conselho da Fapergs, já que nem reunião houve para tratar do assunto.

CLIQUE AQUI para examinar o fac símile do acordo que Costa Mattos desonrou. O documento digitado foi entregue por Cairolli a Costa Mattos, poucas horas antes da eleição, depois de recolhidas as assinaturas dos presidentes da Farsul e da Fecomércio. Costa Mattos brindou o acerto com uísque.