O jornal Valor informou aos seus leitores que entre 2014 e 2017, o Brasil poderá ter, pela primeira vez
na sua história, quatro anos seguidos de queda no Produto Interno Bruto (PIB)
per capita, mas a retração no período será proporcionalmente menor que nas
recessões dos anos 80 e 90. Com a queda da taxa de fecundidade, a proporção é
mais favorável às famílias. Além disso, mudanças sociais (como o maior emprego
das mulheres casadas) e o aumento da rede de proteção do Estado tendem a atenuar
o impacto negativo dessa queda na renda média da população. Por outro lado, o
expressivo ganho de renda dos últimos anos, amplia a sensação de perda da
população.
A reportagem é assinada por Denise Neumann.
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Considerando as previsões atuais do boletim Focus, do
Banco Central, a retração acumulada do PIB per capita pode alcançar 11% no
período 2014¬2017, enquanto a contração do PIB ficará em 7%. Essa situação é
diferente daquela vivida na recessão do início dos anos 80, quando o PIB per
capita caiu por três anos seguidos, mas somou retração de 13%, o dobro da queda
do PIB, que foi de 6,4%, embora não tenha sido consecutiva. O menor ritmo de
crescimento da população explica por que o recuo do PIB per capita, agora, não
é tão intenso como foi nos anos 80. Naquela época, a população crescia 2,3 % ao
ano.
Atualmente, cresce 0,9%. Entre os anos 80 e hoje, o
número de filhos por mulher caiu de 4,4 para 1,9. Além de encolher em
decorrência dessa mudança na taxa de fecundidade, as famílias estão menos
dependentes da renda de um só membro. Há 30 anos, a taxa de participação das
mulheres casadas no mercado de trabalho era de 20%. Em 2010, já havia chegado a
54%. Embora no conjunto a renda familiar média possa ficar mais preservada na
atual crise, os economistas ponderam que as famílias tendem a sentir mais a
atual crise também em função das mudanças dos últimos anos.
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Um comentário:
Dilma, parabéns, estais completando o serviço que começastes nos anos 60/70!
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