Nos anos de chumbo, Clóvis Stenzel foi o homem de Maurício Sirotsky na RBS

Não é verdade que a Comissão Estadual da Verdade investigará o papel que jogou na RBS o ex-deputado Clóvis Stenzel, um dos deputados radicais, aliado de primeira hora dos generais que deram o golpe de 64. O grupo de Stenzel no Congresso usava o nome "Guarda Costa", pela fidelidade ao presidente Costa e Silva.

. O ex-deputado foi contratado por ordem do próprio fundador da RBS, Maurício Sirotsky (foto ao lado) e exerceu suas funções durante os piores anos de chumbo. Inúmeros jornalistas da casa foram demitidos na ocasião e outros foram vetados. Maurício manteve relações iniciais tensas com os militares, mas em seguida acomodou-se e muitas vezes demitiu jornalistas sob a alegação de que era preciso "aplacar os homens".

. Numa reportagem ao jornal O Globo, Clóvis Stenzel contou sobre sua atividade parlamentar (antes, ele tinha sido professor da UnB).

- Eu não era o único, mas era o líder. Tenho a relação de todos os guarda Costa, coisa que ninguém tem - garante o ex-deputado arenista.

. Grupo defendia regime fielmente.

. Clovis Stenzel, que na época fora acusado de insuflar os militares a endurecer, conservava em casa a carta-compromisso assinada pelo grupo no ano anterior. Entre os pontos centrais, seus objetivos eram "defender fielmente o governo revolucionário" de Costa e Silva, "lutar contra revogação dos dispositivos fundamentais da administração revolucionária" e denunciar na tribuna "todas as táticas empregadas pelos agitadores". Líder do movimento, ele faz questão de enumerar outros integrantes:

- Parente Frota, Demar Pizzi, Aderbal Jurema, Albino Zen, Ari Alcântara, Dario de Almeida, Josias Ferreira Gomes, Janari Nunes e Clóvis Stenzel.

. Esses eram os guarda-costas do governo - recorda-se.

. Ari Alcântara, como Stenzel, era gaúcho.

. O ex-deputado morreu aos 90 anos em Gramado.

. O jornal Zero Hora levou quase um mês para registrar a morte na sua coluna Obituário, mas não informou que o ex-deputado foi homem dos seus quadros durante a ditadura militar. 

6 comentários:

Mordaz disse...

Não é diferente de hoje com os jornalistas guarda costas do governo petista.

Anônimo disse...

Só daqui há 50 anos saberemos quem era o representante da patrulha de esquerda que atua hoje dentro da RBS ?

Anônimo disse...

A RBS estará sempre grudada no poder. Família carrapato.

Anônimo disse...

Políbio,

Sou contra ditaduras, mas os militares nos livraram, em parte , de uma ditadura 1000 vezes piores que tivemos.Perto desses vermes esquerdopatas, os militares eram coroinhas de igreja.

Anônimo disse...

Exemplo? Agora que já saiu, pode-se dizer, antes e depois, sempre servindo ao Poder: Lasier Martins

Anônimo disse...

Nada como um "Regime após o outro"!

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