Capacidade industrial ociosa de 21,4% é a maior em 12 anos

O número de máquinas paradas nas fábricas brasileiras é o maior em mais de uma década, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria.

Ao analisar o problema e demonstrar na prática o que está acontecendo, o Jornal Nacional de ontem a noite produziu a reportagem que vai a seguir e que é exemplar:

Máquina parada, em fábrica, não é bom sinal. Em uma pequena metalúrgica são nove, de um total de 12. O que já atingiu quem trabalhava nelas.
“Demitimos mais da metade dos funcionários e começamos a fazer os funcionários virarem polivalentes”, explicou Diego Tiago da Silva, sócio da metalúrgica.
Engenheiro, Diego é de uma família de fabricantes de autopeças. Lá, eles fazem pequenos componentes para outras indústrias que fornecem para as montadoras de veículos. Com a desaceleração dessa cadeia e o aumento da concorrência, no último ano as encomendas caíram 80%.
Pânico, certo? Não. A grande esperança está na palma da mão. Novas peças, para equipamentos médicos e odontológicos.
“Estou desenvolvendo uma série de oito produtos diferentes pra ver se o mercado vai aceitar ou não”, contou Diego Tiago da Silva, sócio da metalúrgica.
As empresas precisam mesmo buscar soluções para enfrentar a ociosidade da capacidade de produção, que é a maior dos últimos 12 anos, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria: 21,4%.
"Evidentemente a empresa tem que eliminar desperdícios, aumentar a sua eficiência, que significa aumentar a produtividade, que é fazer mais com os mesmos recursos, só que produzir com o menor custo. Isso faz com que seu produto seja mais atrativo", disse Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da CNI.
Em 2008, depois de falir com uma videolocadora, Marcos começou a revender pufes. Rapidamente resolveu virar fabricante. Diversificou e prosperou.
Durante vários anos a média foi de umas duas mil peças fabricadas e vendidas por mês. Mas de março para cá, esse número caiu uns 25%. Marcos nem pensa ainda em mudar de ramo outra vez. Está tentando se acomodar à nova realidade. Uma das ideias foi diversificar a produção com sofás. Outra medida foi voltar à máquina de costura.
Ele teve que dispensar as costureiras. E na oficina, dois dos cinco empregados. Está investindo em quem ficou. 
“Tenho planos para os três. Um deles é fazer um curso de estofaria pra se aperfeiçoar”, disse Marcos Bassanezi, dono da fábrica.
Mas e o negócio, em si?

“Eu pretendia fazer a parte de cima da loja crescer mais um pouco. Fazer uma vitrine grande na frente, colocar umas telas lá na frente, para chamar mais a atenção, para poder vender mais. Não vou desistir de fazer não. Pode cair, mas a gente tem que segurar a peteca”, afirmou Marcos.

Um comentário:

Anônimo disse...

E AQUI GOVERNO "MANOBRANDO" E DEIXANDO MILHÕES QUE PODERIAM SER USADOS PARA PAGAMENTO DOS POLICIAIS, E ATÉ DA PARCELA DO UNIÃO, NA CONTA DE DEPÓSITOS JUDICIAIS.

ESTES NÚMEROS DESTE O INÍCIO NÃO FECHAM. MANOBRA MUITO "VIL" PARA COM A SOCIEDADE GAÚCHA.

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