Esta reportagem de hoje do jornal Folha de S. Paulo dá bem a medida do nível de desarticulação da base governista que chegou ao Senado. A
derrota sofrida pelo Palácio do Planalto nesta quarta-feira (8), quando
senadores aprovaram a extensão da política de reajuste do salário mínimo para
todos os benefícios previdenciários, deixou o governo desnorteado.
Leia tudo e entenda melhor:
As traições, até agora, estavam mais concentradas na
Câmara. Mas o comportamento dos senadores aliados nesta semana mostrou um
quadro preocupante de fragilidade política, segundo assessores presidenciais.
Na avaliação do governo, o sinal, que estava amarelo,
está perto de vermelho. Isto porque, segundo assessores da presidente Dilma
Rousseff, até "senador que tem cargo e ganhou outros recentemente votou
contra o governo". Um articulador do Planalto diz que isto "é o
fim".
O governo perdeu votação da emenda que derrubava a
extensão do aumento do mínimo para todos os aposentados, incluída pela Câmara.
O placar foi de 34 votos contra e 25 a favor do governo.
Nada menos que 14 aliados não apareceram e outros 12 votaram contra o Planalto.
A situação foi resumida da seguinte maneira: num clima
destes, toda medida que o Planalto envia ao Congresso acaba virando uma arma
contra a presidente.
Após a votação, o governo identificou mais de um motivo
para a derrota, tida como "preocupante". O primeiro é que muitos
senadores não apareceram ou votaram contra em retaliação ao Planalto.
Senadores disseram à equipe de articulação política que
estão cansados de o governo prometer "mundos e fundos" e não atender
ninguém.
Nesta conta estão não só cargos, mas a falta de
atendimento de demandas de projetos específicos, como os que beneficiam o Amazonas,
levando os senadores do Estado, aliados, a não votar.
Nada menos que sete senadores do PMDB, partido do vice
Michel Temer, articulador político do governo, votaram contra o Planalto.
Outro motivo apontado para o revés é a falta de um
controle maior do Planalto nas votações no Senado. Segundo um senador aliado,
falta comando à tropa e avaliação do melhor momento de votar.
Um recado para o líder da bancada governista, Delcídio
Amaral (PT-MS), que não estaria buscando ajuda para dividir sua tarefa. Ele
atribui a derrota à crise política.
Além disso, é lembrado que Temer sempre teve dificuldades
nas votações no Senado por enfrentar certa resistência do presidente da Casa,
Renan Calheiros (PMDB-AL).
As ausências na votação da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR),
ex-ministra da Casa Civil, e do líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), foram
muito comentadas.
A primeira depois pediu que seu voto fosse contado como
pró-governo. Já Eunício, segundo amigos, mandou recado para o Planalto, mas
oficialmente diz que estava em audiência fora do Senado e não sabia que o
projeto seria votado.
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DERROTAS
NO SENADO
Com base desarticulada, governo perde em votações
importantes
• Ajuste das aposentadorias
Na quarta (8), senadores aprovaram a extensão da política
de reajuste do salário mínimo para todos os benefícios previdenciários. Dentre
os membros da bancada aliada, 14 não apareceram para votar e outros 12 foram
contra o governo
• Reajuste ao Judiciário
Em junho, o Senado aprovou reajuste de até 78% nos
salários dos servidores do Judiciário, escalonado em quatro anos, a partir de
2015. A medida, segundo o governo, tem impacto previsto de R$ 25,7 bilhões e
vai na contramão das medidas do ajuste fiscal
• Derrubada do fator previdenciário
Em maio, Casa manteve regra alternativa para
aposentadorias aprovada na Câmara. Temendo o aumento de gastos na Previdência,
governo se viu obrigado a editar uma outra medida em substituição, o fator
85/95 progressivo
• Devolução de medida provisória
Em março, após ter seu nome incluído na lista de
políticos investigados na Operação Lava Jato, o presidente do Congresso,
senador Renan Calheiros (PMDB-AL), reagiu devolvendo medida provisória do
governo que aumentava tributos, parte do pacote do ajuste fiscal
• Rejeição de indicado para a OEA
Renan também atuou nos bastidores para barrar, no Senado,
a ida do embaixador Guilherme Patriota para a OEA (Organização dos Estados
Americanos). Foi a primeira vez na história que a Casa rejeitou um diplomata de
carreira indicado pelo governo
5 comentários:
Com tal irresponsabilidade do legislativo enfraquece a tese de que o parlamentarismo seria a solução. Com os piores políticos do planeta não funciona também.
“A CPI dos Grampos teve acesso a um documento apreendido no computador de Protógenes Queiroz. Ele escarafuncha a intimidade de Dilma Rousseff. O documento está armazenado na pasta “Zeca Diabo”, o nome dado pelo delegado a José Dirceu. Trata-se de um relatório clandestino, que parece reproduzir um diálogo entre um informante da PF e alguém próximo ao ambiente da ministra”.
Em seguida:
“Os dois comentam, com linguagem rasteira, os boatos sobre os relacionamentos amorosos de Dilma Rousseff. O primeiro nome citado no documento da PF é o de Valter Cardeal. Em 2003, ele foi nomeado por Dilma Rousseff para a diretoria da Eletrobrás. No mesmo período, tornou-se presidente do conselho da CGTEE e da Eletronorte. Em 2006, ganhou o cargo de presidente da Eletrobrás, sempre na esteira de Dilma Rousseff. No ano seguinte, foi acusado de envolvimento com o esquema de propinas da Gautama, depois de ser grampeado pela PF”.(oantagonista)
CRIMINALIDADE E LUXÚRIA SEMPRE CAMINHAM JUNTAS. COMEÇA A APARECER O PORQUE DE TANTOS RABOS PRESOS > DINHEIRO+LUXÚRIA. EXPLICADO PODERES "AMARRADOS"
Acontece que a Madame não quer cortar na carne e fazer a sua parte,ou seja:
Cortar CC e FG quase 25.000 (os EUA tem 8.000)
Reduzir o numero de ministérios,no máximo 15.Até porque a maioria deles ela nunca recebeu e nem receberá em audiencia,ou seja são desnecessários.
Cortes nos cartões corporativos e total transparencia dos gastos.
Isso só para comecar.
Os deputados e senadores brasileiros são igual puta de zona. Pagando faz o que quer.
Enviar um projeto que não aumenta os salários dos aposentados conforme o aumento do salário mínimo é de uma sacanagem, de um mau-caratismo por parte da anta presidente! Acontece que a fonte secou, o governo não tem mais recursos e cargos para comprar a vigaristada do senado, e por exemplo, mesmo a Gleisi Narizinho que é petralha xiita, não quer ficar marcada por ter ferrado com os aposentados!
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