Há apenas alguns dias, no dia 19 de julho, eis o que dizia Levy, ao lado. -
Nesta análise, Igor Gielow, jornal Folha de S. Paulo, avisa que o ministro Joaquim Levy não tem mais nada a fazer no cargo, porque foi derrotado nos termos dos ajustes fiscais que vinha propondo e implementando. A revisão da meta fiscal (leia abaixo) deixa isto claro.
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Se no mercado financeiro já havia sérias dúvidas sobre a
capacidade de o ministro Joaquim Levy salvar a lavoura da economia com o ajuste
que propôs até aqui, o anúncio deste começo de noite de quarta (22) parece
enterrar de vez qualquer percepção neste sentido.
Politicamente, Levy sai derrotado triplamente. Dourando
ou não a pílula ao sacar o argumento da credibilidade de previsões, o fato é
que ao baixar a meta da economia que o governo vai fazer ele basicamente admite
que seu ajuste não está funcionando.
Segundo, viu adicionada à receita uma espécie de gatilho
de permissividade: se medidas que dependem de um Congresso conflagrado não
forem aprovadas, a regra permite que um resultado ainda pior seja aceito.
Soa mais como desculpa antecipada do que "construção
de expectativas".
Por fim, a tesourada no Orçamento, que mesmo o Planalto
via como essencial há poucas semanas para dar a sinalização sobre a seriedade
das intenções do governo, ficou abaixo da metade do que Levy gostaria. Ponto
para Nelson Barbosa (Planejamento), eterno opositor do aperto no cinto.
Com isso, Levy sai menor desta nova rodada de anúncios
econômicos, ainda que venda a concordância com tudo o que foi anunciado. O PT
vai comemorar a gradual debacle de seu antípoda "empoderado" a
contragosto por Dilma Rousseff _já que ela nunca teve afinidade ideológica ou
econômica com o ministro.
Sobe assim a cotação de Barbosa no governo, algo bem
distantes de agradar os agentes econômicos neste momento. Se o PT conseguir
emplacar mudanças na coordenação política do governo, aí a "retomada"
terá sido completa, com um previsível agravamento na agenda de crise.
Além de criticar o ajuste proposto por Levy, setores do
PT próximos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também gostariam de ver
um nome como do petista Jaques Wagner (ora ministro da Defesa) na coordenação
política do governo.
Aa equação aqui é mais complexa pois melindraria ainda
mais o PMDB. O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) foi colocado na função
justamente para azeitar a relação com o partido, particularmente para facilitar
a aprovação do ajuste no Congresso.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) já rompeu
publicamente com Dilma, e Renan Calheiros (PMDB-AL) presidiu o Senado no
primeiro semestre como um adversário do Planalto a maior parte do tempo.
Com Cunha enfraquecido após ser acusado no âmbito da
Operação Lava Jato, foi significativo ontem ver Levy visitar Renan e o senador
Romero Jucá (PMDB-RR) antes da entrevista coletiva sobre o corte. E citar
nominalmente a "presidência do Senado" como fator de apoio aos
esforços do governo.
Tais agrados fazem parte de uma tentativa do Senado em
apaziguar a relação com Renan, mas tal movimento já ocorreu sem sucesso em
outros momentos
4 comentários:
Que adiantou estudar nos Estados UNIDOS.
Funcionário do Bradesco foi derrotado pela marginalha petista e ainda teve que ir para TV dar explicações com aquela cara de bunda.
Como uma pessoa dita qualificada se sujeita a um papelão desses ?
Será que ele não sabia com quem estava se metendo ?
Vai levar um belo pé na bunda !
Não resolve mais já ajudaria muito o governo cortar os 39 ministérios, cargos de confiança, cargos comissionados, diminuir o salário de funcionários federais que ganham muito acima do padrão da população, cortar verbas (sindicatos, ONGs) e mais uma série de pequenos ajustes baseados nisso. Mas quando isso acontecer como diria Bezerra da Silva: Só quando o morcego doar sangue, e o saci cruzar as pernas...
Quando aceitou foi por vaidade ou interesses do Banco. Tá na cara que não podia confiar no partido escorpião.
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