Alexandrino foi convidado por Tarso Genro para integrar seu Conselhão. Ele é atual diretor do Ciergs, órgão do sistema Fiergs.
Pouco depois de depor à Polícia Federal em Curitiba, na
noite desta segunda-feira, o executivo Alexandrino de Salles Ramos de
Alencar oficializou seu pedido de demissão da Odebrecht para "se dedicar
integralmente à defesa".
A informação é da Folha de S. Paulo.
A reportagem a seguir é do jornal. Vai o texto integral:
Preso na fase Erga Omnes da Operação Lava Jato na última
sexta (19), Alexandrino era diretor de relações institucionais da Odebrecht e
um dos elos entre a construtora e doações para campanhas eleitorais.
Habilidoso com políticos, ele foi o executivo da
Odebrecht que acompanhou o ex-presidente Lula em viagens ao exterior.
Em viagem à Guiné Equatorial em 2011 como representante
do governo Dilma, Lula colocou Alexandrino entre os integrantes de sua
delegação oficial, conforme a Folha revelou em 2013.
Lula e Alexandrino são conhecidos de longa data: no livro
"Mais Louco do Bando", o deputado Andrés Sanchez (PT-SP),
ex-presidente do Corinthians, relata uma viagem em 2009 que o funcionário da
Odebrecht fez a Brasília com Emílio Odebrecht, então presidente do conselho de
administração da empresa. Na época, Lula pediu ajuda à Odebrecht para o
Corinthians construir seu estádio.
"Em virtude dos fatos envolvendo a minha pessoa e
vindos a público na sexta-feira (19.06.2015), comunico meu afastamento e meu
desligamento da empresa, a fim de que possa me dedicar integralmente à minha
defesa no procedimento no qual figuro como investigado", escreveu
Alexandrino, no comunicado endereçado à diretoria da empreiteira.
Após o término do depoimento de Alexandrino, o advogado
Augusto de Arruda Botelho protocolou uma petição junto à 13ª Vara da Justiça
Federal do Paraná com o pedido de demissão anexado. Segundo a defesa, o fim do
vínculo de Alexandrino com a Odebrecht afastaria o "risco à ordem pública"
que poderia embasar a prorrogação da sua prisão temporária.
"Para fulminar em definitivo qualquer receio de risco à ordem pública, o peticionário informa que afastou-se e desligou-se em definitivo de suas funções na Construtora Norberto Odebrecht S/A", diz trecho da petição protocolada nesta segunda.
Botelho afirma que o agora ex-executivo tampouco oferece
risco de fuga –"mesmo sabendo-se investigado há vários meses, ele foi
localizado em seu endereço residencial"– nem de destruição de provas,
outros requisitos para embasar a prorrogação da prisão.
PRISÃO
Alexandrino Alencar foi preso na mesma ação que deteve os presidentesOdebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, além de outros executivos ligados às duas empreiteiras, as maiores do país.
O juiz Sergio Moro recusou duas vezes pedidos da Polícia
Federal pela prisão preventiva do executivo, concedendo somente a temporária
(detenção com prazo de cinco dias).
O delegado Eduardo Mauat da Silva baseou o segundo
requerimento no fato do então diretor da Odebrecht ter admitido em depoimento
que recebeu em escritório da empresa um dos emissários de Alberto Youssef,
Rafael Angulo Lopez, e que se reuniu com o doleiro, o ex-diretor de
Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o ex-deputado José Janene
(PP-PR), morto em 2010, acusados de envolvimento no esquema de corrupção na
Petrobras.
O executivo negou, porém, que os encontros tiveram
relação com pagamentos de propina ou outros crimes.
Em um de seus depoimentos de delação premiada, Lopez
afirmou que esteve várias vezes no escritório da Odebrecht em São Paulo entre
2010 e 2012 para se reunir com Alexandrino e entregar a ele informações de
contas para transferências ao exterior, além de retirar comprovantes de
repasses fora do Brasil.
No depoimento de maio passado, informado pelo site do
jornal "O Estado de S. Paulo" nesta segunda-feira (22), o executivo
apresentou outra versão para os contatos com o mensageiro de Youssef.
Alexandrino disse que se encontrou com Lopez por quatro
ou cinco vezes e que tais reuniões serviram para que o emissário entregasse ou
buscasse papéis relacionados a doações de campanha para o PP (Partido
Progressista), como recibos de contribuições e pedidos de doações manuscritos
por Janene.
Quanto aos contatos com Janene, Youssef e Costa,
Alexandrino relatou que a partir de 2003 passou a procurar o então congressista
para falar da importância das indústrias do setor plástico para o país, uma vez
que era executivo da Braskem e Janene ocupava o cargo de presidente da comissão
de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.
Alexandrino afirmou que nas duas reuniões sobre o
assunto, ocorridas em hotéis da cidade de São Paulo, Janene nunca condicionou o
apoio ao setor plástico a doações eleitorais ou propinas.
Posteriormente, em 2007, ocupava cargo na Odebrecht e
passou a ter contatos com Janene "para fazer tratativas no âmbito
político" e falar sobre doações de campanha para políticos do PP, de
acordo com o depoimento.
O executivo negou que qualquer das tratativas envolveu
contribuições eleitorais ilegais ou subornos.
6 comentários:
Com aquele clima de inverno de Curitiba, o véio tem que se cuidar é
para não pegar garrotilho, se pegar, adeus véio corrupto.
Mas o absurdo é esse vagabundo continuar ainda com a sua teta na Fiergs!
É apenas tática deste safado pra escapar da cadeia imediatamente. Se ele não trabalha mais na Odebrecht ele não tem como atrapalhar a investigação. Só que o Moro já tá cansado destes lacaios e vai manter o sr. Alexandrino na cadeia. Lugar mais que merecido.
É apenas tática deste safado pra escapar da cadeia imediatamente. Se ele não trabalha mais na Odebrecht ele não tem como atrapalhar a investigação. Só que o Moro já tá cansado destes lacaios e vai manter o sr. Alexandrino na cadeia. Lugar mais que merecido.
Tarso ficou triste por Alexandrino não entrar no conselhão, pois ele tinha tudo o que ele precisava.
Saiu porque a chapa quente do juiz de Curitiba lhe estava queimando a bunda; quando esfriar volta...
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