O risco crescente de o governo brasileiro ter de adotar
racionamento de energia elétrica em 2014 ou no ano que vem já aparece nos
cenários do mercado financeiro para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB)
até 2015. Economistas afirmam que se for confirmada, a medida pode levar a
economia a crescer menos de 1% em 2014 e até zero, em 2015.
. A data do anúncio e o perfil de um possível racionamento
devem definir o tamanho do estrago. A redução do nível de chuvas este ano
colocou o setor elétrico em situação delicada, obrigando o uso prolongado da
energia das usinas termelétricas, que custa mais caro. Na semana passada, a
presidente Dilma Rousseff se reuniu com autoridades do setor elétrico para
avaliar o quadro do abastecimento, uma vez que os reservatórios estão em níveis
cada vez mais críticos. Em entrevista ao The Wall Street Journal (EUA), o
presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, disse que o racionamento
não será necessário, mas que os preços precisam subir rapidamente para que o
consumo seja reduzido, minimizando o impacto inflacionário. O mercado já
projeta racionamento em maio, após o fim do período úmido. Neste caso, os
riscos para a realização da Copa do Mundo e o custo político eleitoral seriam
elevados, o que amplia a chance de o anúncio ser postergado para depois da
eleição. Nesta hipótese, os prejuízos para a economia seriam grandes,
principalmente em 2015. Enquanto isso, uma opção seria adotar o chamado
“racionamento branco”, que compreende medidas como redução da iluminação
pública e cortes de energia em momentos de pico de consumo, ou até mesmo apelar
à redução voluntária do consumo pela população e também pela indústria.
. O economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, diz que
dificilmente o governo Dilma deve anunciar um racionamento antes das eleições.
Para o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, os impactos de um
eventual racionamento de energia no país este ano dependerão de quando será
feito o anúncio pelo governo federal: “Isso é fundamental. Quanto mais
demorarem para anunciar, pior será o efeito sobre a atividade e a
inflação”.
2 comentários:
Como é que é?
O presidente da Eletrobrás, José da Costa Carvalho Neto, disse que "o racionamento não será necessário, mas que os preços precisam subir rapidamente para que o consumo seja reduzido, minimizando o impacto inflacionário."
Subir preços, minimizando o impacto inflacionário ??? Como assim ???
Ajuda-me aqui !!!
Por que os gerentões e GERENTONAS do nosso país só pensam até as próximas eleições e não, no futuro do povo e da nação ????
Políbio,
A partir de NOV 2014 vamos nos transformar em OUTRO país.
Vai ser um verão TRISTE, muito TRISTE!!
JulioK
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