Quem fará as campanhas de Tarso e Dilma serão agências que já os atendem no governo

O STF caminha para proibir o patrocínio, pelas empresas, de campanhas eleitorais. Provavelmente ficará para 2016, porque não dará tempo para se definir qual a alternativa ao sistema atual. Um caminho que pode ser positivo, desde que se proíba a publicidade dos governos e suas empresas estatais. Quem fará as campanhas de Tarso e Dilma serão as agências que já os atendem no governo. Aliás, elas estão ali porque fizeram a campanha de 2010 para ambos. É o que analisa no seu blog, hoje, o ex-prefeito do Rio, Cesar Maia. Leia tudo:
        
1. Explicando. Os governos e suas estatais contratam agências de publicidade para suas campanhas. Entre as agências contratadas está uma que fez ou fará a sua campanha eleitoral diretamente ou através de outra, “associada”.
        
2. Elaboradas as campanhas, é definida uma mídia técnica. As agências recebem pela produção e comissão legal entre 10% e 20% do valor da mídia. Mas (tantas vezes) é estabelecido um “acordo” entre o governo e agências. Tudo o que for contratado nas mídias além da mídia técnica (x inserções + y extra-inserções), as comissões legais pagas por y ficarão a crédito dos governos e de seus partidos para a próxima campanha eleitoral.
        
3. Tudo dentro da lei. Sabe-se que o custo publicitário das campanhas eleitorais majoritárias é o principal vetor de custo das campanhas. Para quem está no governo, esse custo total ou em grande parte das campanhas está pré-coberto. Depois, na campanha, se faz um registro de gasto, por valor muito menor que o valor de mercado.
        
4. Dessa forma, proibir o financiamento de campanhas por empresas, sem limitar e fiscalizar a publicidade governamental é impor uma enorme distorção nas campanhas: partidos nos governos terão parte substancial de suas campanhas, que são as agências de publicidade pré-financiadas. Esses são fatos conhecidos e até demonstrados. Lembre-se de CPI no Estado do Rio, nos anos 1999 e 2000, como exemplo.
        
5. Nada se pode generalizar, mas é prática ampla. Seria importante os ministros do STF avaliarem esse pré-financiamento por parte dos governos e tomar sua decisão, corrigindo as distorções dos patrocínios empresariais e –junto- impedindo o pré-patrocínio governamental.  Só há um caminho, norte-americano e europeu: governos não podem fazer campanhas publicitárias que não sejam de informação de interesse público, como vacinação,.

3 comentários:

Anônimo disse...

No caso do Tarso deve ser a agencia ESCALA. Que esta a 4 anos ganhando muito com a conta publicitária do BANRISUL. Agora chegou a hora de pagar! Vai fazer a campanha utilizar os mesmos fornecedores que o banco usa para tentar mais 4 anos de faturamento garantido. Tudo aos olhos de todos!

Anônimo disse...

"300 PICARETAS"

Agora quantos são,milhares na era Lula e Dilma.

TUMA andou com êles e sabe o que fazem...

NINGUÉM COBRA?

Anônimo disse...

Sou contadora, aposenta, meu filho é Biomédico recém formado. Acho que vamos criar uma agência especializada em marketing político...

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