O Ministério Público confundiu alhos com bugalhos ao deflagrar a Operação Cartola

A Operação Cartola mobilizou 500 policiais e gente do Ministério Público Estadual, protagonizando ações espetaculosas e midiáticas que constrageram os prefeitos de oito municípios do RS. O caso produziu ruídos políticos que obrigaram o governo a se explicar para a Famurs. O documento enviado pelo governador Tarso Genro foi uma narração cansativa e completamente vazia. CLIQUE AQUI para conhecer o texto integral, que só foi divulgado nesta página.

. O caso todo parece muito estranho e incongruente, porque até agora a Polícia Civil não concluiu o seu trabalho e nem o Ministério Público de Contas, que começou com tudo, produziu qualquer tipo de denúncia.

. O editor conversou com todos os prefeitos ou seus representantes e constatou que em alguns municípios, como Osório, nem sequer razões esotéricas justificaram o protagonismo realizado pela Polícia do Sr. Tarso Genro.

. Sobre a Operação Cartola, o editor coloca a seguir duas incongruências de enorme gravidade. Elas poderão fulminar tudo o que foi feito até aqui. Pela ordem:

A ORIGEM DA DENÚNCIA - No dia 3 de setembro do ano passado, o Procurador Geraldo Da Camino ouviu a única testemunha do caso, que na época apresentou-se como denunciante. No Termo de Declaração, ele  compareceu "a convite do MPC, indicado que foi" por alguém que jamais foi citado por Da Camino, conforme link a seguir. Isto tudo nem é o mais estranho. Estranhável é a constatação de que o delator ouvido pelo procurador do MPC é o Sr. Marcos Roberto Caduri de Almeida. Ele tem sido o delator preferido do Ministério Público e da Polícia, porque cumpriu este papel nas Operações Solidária, Legislatur e Cartola, pelo menos, que são casos apurados e comprovados pelo editor (CLIQUE AQUI para examinar peças das três Operações em que Marcos Caduri aparece como delator ou testemunha). Pior ainda: Marcos Caduri é informante da RBS TV e ajuda seus repórteres no assédio inicial a possíveis entrevistados, usando microfones e câmeras ocultos. As reportagens são invariavelmente usadas pelo Ministério Público para iniciar ou justificar suas investigações, como foram os tres casos citados e também o caso mais recente do Daer.

POSSÍVEL SUPERFATURAMENTO ERA FRIO - No seu pedido de investigações policiais e que resultou em autorização judicial para sequestro de documentos, o Procurador Geraldo Da Camino destacou a existência de "possível superfaturamento na aquisição de mercadorias de uso comum", destacando o Empenho 11353, de 3 de julho de 2008, para o caso da aquisição de 5 mil folhas de papel ofício A4, papel branco 75g, frente, que custou R$ 374,00 para a Prefeitura de Alvorada, mas que "pesquisa realizada em sites" revelou preço de apenas R$ 115,00, conforme Parecer da Unidade de Assessoramento Contábil do MPE. O Procurador ignorou a palavra "frente" e simplesmente comparou papel A4 branco com papel A4 timbrado, ou seja, impresso a cores, o que envolve trabalho gráfico delicado.
 
CLIQUE AQUI para examinar o Parecer da Unidade de Assessoramento Contábil, que na última lauda cuidou de prevenir o Procurador sobre a possível diferença.
CLIQUE AQUI para examinar a nota de cobrança feita pela agência, PPG, mais a nota da gráfica que fez o serviço.
CLIQUE AQUI para examinar a nota de empenho da Prefeitura; tipo de papel "superfaturado" A4 branco, conforme o MPC, e o papel impresso na ocasião com o timbre da Prefeitura.

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CLIQUE AQUI para ler a reportagem "Promotor responde por dano moral quando dá entrevista e viola o segredo de justiça".

10 comentários:

Anônimo disse...

Esse Da Camino deveria ir assistir filminho de far-west, junto ao Fidel Castro. Ao menos, assim, não prestaria um desserviço, ao Rio Grande... Arno Edgar Kaplan

Luiz disse...

Eu compartilho da mesma idéia: estes prefeitos são todos uns santinhos e merecem ser canonizados urgentemente, antes mesmo do Papa João Paulo II. Coloco a mão no fogo por qualquer um deles

Daniel disse...

Vou discordar de vc, editor. O MP nao confundiu nada. Apenas fez aquilo que passou a fazer de uns anos pra ca: recebe um amontoado de papel pintado, chamado inquerito, na maioria das vezes direcionado, e da encaminhamento. Mas o que minha duvida, editor, e saber quem pagara pelos danos, MORAIS, causados as pessoas que "receberam" a visita de dezenas de policias, muitos de metralhadora em punho, motivada pela tal operacao pirotecnica? Quem sera o responsavel por indenizar estas pessoas? Espero que o zeloso MP, guardiao dos direitos da sociedade, abra uma investigacao para identificar os responsaveis por estas atitudes irresponsaveis e comprometidas. Vc, como jornalista, poderia procurar o Chefete do MP e questiona-lo. Nao acha?

Anônimo disse...

A operação Cartola foi um legítimo golpe nesses agentes públicos que sangram o dinheiro e a honra da população.
Muita coisa ainda vai aparecer sobre essa ação;;;

Quem viver verá

Anônimo disse...

POLÍBIO BRAGA:
EXISTE UM SENTIMENTO GENERALIZADO DE QUE O ESTADO BRASILEIRO É LADRÃO E CORRUPTO.
NÃO HÁ DINHEIRO PARA A SAÚDE PORQUE É ROUBADO;
NÃO HÁ DINHEIRO PARA OS APOSENTADOS PORQUE É ROUBADO;
NÃO HÁ DINHEIRO PARA A SEGURANÇA PORQUE É ROUBADO;
OS POLÍTICOS DO PT E SEUS SATÉLITES, PMDB, PP, PDT E OUTROS ESTÃO ENVOLVIDOS EM TODOS OS ESQUEMAS DE CORRUPÇÃO DESTE GOVERNO.
AGORA COMEÇARAM A MATAR OS JUÍZES QUE QUEREM FAZER UM PAÍS HONESTO PARA O POVO BRASILEIRO.
VAI COMEÇAR A PRIMAVERA BRASILEIRA, A EXEMPLO DA PRIMAVERA ÁRABE.

Mordaz disse...

Sabe o que cheira isto? Armação para desmoralizar as ações policiais e inibir as verdadeiras ações saneadoras e fiscalizadoras. Não tem o mínimo sentido isto que fizeram a não ser a desmoralização das ações do MP e da Polícia! Para desacreditar a luta contra a corrupção aos olhos dos eleitores.

Anônimo disse...

Toda corrupção deve ser combatida.
Mas a corrupção das prerrogativas das corporações estatais em relação aos cidadãos comuns é a que causa os piores prejuízos às instituições e aos cofres públicos, e essa só cresce.
O dihheiro público desviado com salários abusivos, privilégios indecentes e os rombos imorais das aposentadorias integrais causam prejuízos muito maiores aos cofres públicos, e o Ministério Público é uma das corporações que mais participa dessa locupletança.
A propósito: por que o MP não se solidarizou ao Deputado Marchezan Júnior na luta contra a locupletança numa certa corporação estatal que "conquistou" "auxílios-moradia" milionários???!!!
Bastiat

Anônimo disse...

Olha Polibio, moro em um desses municipios "injustamente" atinjidos pela operacao Cartola.
Falcatrua Total.
Se eu te mandar elementos de comprovacao da robalheira tu publica ??????
O Partido aqui é o PTB, e dai vai encarar ??

Flávio Paranhos disse...

E o mais grave é que a tal nota "superfaturada", datada de 2009, SEQUER FOI PAGA PELA PREFEITURA DE ALVORADA! Ou seja, SEQUER HOUVE CONSUMAÇÃO DO QUE ELES CHAMAM DE "CRIME DE SUPERFATURAMENTO"....Que eficiência....

Anônimo disse...

Não concordo com o "Mordaz". A Polícia executou seu trabalho com competência. É que tudo começou com um "denunciante profissional" chamado Quinho Caduri. O que eu gostaria que a polícia me respondesse é "o que motiva o Quinho a ser tão DEDÃO". É dinheiro? E se é, quem paga??? Estas são as perguntas ainda sem resposta. Com a palavra, o Grisoti.

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