O empreiteiro Zuleido Veras, dono da empreiteira Gautama, foi flagrado pela Operação Navalha, desencadeada pela Polícia Federal em maio de 2007, no comando de uma quadrilha de assaltantes de verbas públicas. Na ocasião, a PF apreendeu milhares de documentos na sede da empreiteira, entre eles, as agendas que listavam os compromissos de Zuleido. O material, anexado à denúncia contra os envolvidos, estava protegido por segredo de justiça. VEJA revela agora seu conteúdo com exclusividade. As agendas mostram a desenvoltura com que o empreiteiro circulava nas camadas mais altas do poder, tanto em Brasília quanto nos estados com os quais mantinha negócios.
Uma das novidades é a citação freqüente do nome da senadora Roseana Sarney, candidata ao governo do Maranhão pelo PMDB. A parlamentar é apontada como beneficiária de dinheiro supostamente pertencente ao empreiteiro. A senadora não aparece no rol de indiciados pela Polícia Federal e nem consta da denúncia do Ministério Público, feita no mês passado, contra 61 envolvidos no esquema de Zuleido, entre eles o ex-ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, e os governadores Teotônio Vilela Filho, do PSDB de Alagoas, e Jackson Lago, do Maranhão.
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