O Gabinete de Transição instalado pela governadora Yeda Crusius para driblar a crise política, caminha para uma solução salomônica na reforma do secretariado. Devido à forte resistência dos partidos aliados, que não conseguem se acertar em relação às trocas de nomes, é possível que nenhum secretário seja trocado.
. Vai sobrar para a secretaria do Planejamento, que deve ganhar um titular, provavelmente do PPS, que perdeu uma vaga com a saída de Cézar Busatto da Casa Civil.
. As mudanças, que surgem a partir da consulta à entidades empresariais, sindicais e sociais, devem se restringir ao funcionamento do governo e a novos projetos para o Estado.
. Ao fim e ao cabo, a maior atribuição do Gabinete de Transição será elaborar a carta de compromisso proposta por Yeda para a base aliada. Nas mudanças promovidas na Casa Civil e na Secretaria-Geral, o Gabinete concedeu amém às escolhas da governadora. O máximo que integrantes do gabinete interferiram foi no veto ao nome de Claudio Diaz.
. Yeda, que gosta de ler Maquiavel, parece também cultivar Lampedusa, que em Il Gatopardo faz seu personagem central ensinar ao filho: "Vamos mudar tudo para que tudo continue como está".
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