O ex-superintendente de Fundos de Investimento Especiais
da Caixa Roberto Madoglio confessou ter recebido propina para favorecer
empresas do setor elétrico interessadas em obter aportes do fundo de
investimento do FGTS. Madoglio assinou acordo de delação dentro das operações
Sépsis e Cui Bono, que investigam desvios no banco estatal. Assumiu ter
recebido propina dos grupos Bolognesi (Hidrotérmica, Porto Alegre, RS), Rede, da J. Malucelli Energia.
Juntas, as duas empresas receberam R$ 1,2 bilhão do FI-FGTS, fundo formado com
parte do dinheiro depositado na conta dos trabalhadores.
O ex-superintendente entregou cópias dos recibos de
contas mantidas no exterior que foram usadas para receber propina. Madoglio se
comprometeu a devolver R$ 39,2 milhões que recebeu de forma irregular na Suíça
e no Uruguai. No caso dessas três empresas do setor elétrico, a propina teria
somado R$ 10 milhões.
Um dos casos citados por Madoglio envolve a Hidrotérmica
S/A, do Grupo Bolognesi.
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