Ex-diretor da Caixa diz ter recebido propina do grupo gaúcho Bolognesi. Ele devolveu R$ 39,2 milhões de dinheiro sujo.

Paulo Rutzen, ex da Hidrotérmica (grupo Bolognesi) é apontado por Madoglio, ex-diretor da Caixa, como braço direito de Ronaldo Bolognesi, principal acionista do Grupo Bolognesi. O valor estimado de R$ 1,5 milhão, diz o delator, foi depositado no exterior - o número da conta foi repassado a Rutzen na sede do grupo, em Porto Alegre.

O ex-superintendente de Fundos de Investimento Especiais da Caixa Roberto Madoglio confessou ter recebido propina para favorecer empresas do setor elétrico interessadas em obter aportes do fundo de investimento do FGTS. Madoglio assinou acordo de delação dentro das operações Sépsis e Cui Bono, que investigam desvios no banco estatal. Assumiu ter recebido propina dos grupos Bolognesi (Hidrotérmica, Porto Alegre, RS), Rede, da J. Malucelli Energia. Juntas, as duas empresas receberam R$ 1,2 bilhão do FI-FGTS, fundo formado com parte do dinheiro depositado na conta dos trabalhadores.

O ex-superintendente entregou cópias dos recibos de contas mantidas no exterior que foram usadas para receber propina. Madoglio se comprometeu a devolver R$ 39,2 milhões que recebeu de forma irregular na Suíça e no Uruguai. No caso dessas três empresas do setor elétrico, a propina teria somado R$ 10 milhões.

Um dos casos citados por Madoglio envolve a Hidrotérmica S/A, do Grupo Bolognesi. 

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