“Podem chamar de golpe, mas que a vida era melhor naquela
época, era. Criticam que havia censura às notícias. Pois hoje não há, e de que
servem tantas notícias? Que faz essa balbúrdia de jornais, TVs, internet,
Facebook senão confundir? A informação é um direito da cidadania, alegam os
demagogos. Nosso povo reclama é por uma orientação construtiva, vinda do alto,
da parte de gente responsável, e nesse sentido a censura só traz benefício. Em
novembro de 1971 o governador do Paraná foi forçado a renunciar, depois de
apenas oito meses no cargo. Nenhum jornal explicou por quê. A revista VEJA, em
capa sob o título ‘A queda do governador Haroldo Leon Peres e seus
ensinamentos’, ousou noticiar que ‘o governador teria exigido de Cecílio Rêgo
Almeida, o mais poderoso empreiteiro do Paraná, um depósito de 1 milhão de
dólares no exterior para liberar o pagamento de 60 milhões de cruzeiros devidos
pela construção da Estrada de Ferro Central do Paraná’. Foi punida com a
apreensão de seus exemplares nas bancas. O que lucraria o povo em saber que
governantes nomeados pelo regime possuíam suas fraquezas?
Em 1974 ocorreu um surto de meningite no país, e a
imprensa, de novo por mais do que justificadas razões, foi proibida de usar a
palavra surto.
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