Zé Dirceu diz que delatar "é perda de condição humana", mas roubar dinheiro público não é

O fundador e presidente nacional do PT José Dirceu, mantém sua posição de jamais aderir a um acordo de delação, apesar da perspectiva de talvez nunca mais sair da prisão, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo.

José Dirceu se entregou ontem à Polícia Federal para cumprir mais de 30 anos de prisão, pena que resulta de apenas um dos processos a que responde.

Ele diz sobre a delação:

 - Eu fui formado numa geração em que a delação é a perda da condição humana.

Zé Dirceu não acha que é perda de condição humana roubar dinheiro público, corromper e ser corrompido, lavar dinheiro sujo e participar de organização criminosa, porque sua geração é de "natureza diferente". Ele se refere à condição de comunista, mas nem comunistas como Prestes foram acusados por roubo de dinheiro público, recebimento de propinas, lavagem de dinheiro, organização criminosa e desfrute pessoal de propinas milionárias. 


O petista nunca foi muito diferente do que é hoje, segundo demonstra o jornalista Otávio Cabral no seu livro "Dirceu", que o editor leu e recomenda (foto ao lado).
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