Opinião do editor - As armas são pela vida, sim, Paulo Germano

O movimento gaúcho Armas pela Vida só ganhou corpo porque o governo estadual não cumpre o dever constitucional de proteger a vida e o patrimônio dos cidadãos do RS, que diariamente são caçados e abatidos como gado no meio das ruas das cidades, sem que o policiamento ostensivo cumpra suas funções preventivas e repressivas. 

O jornalista Paulo Germano aproveitou sua coluna do jornal Zero Hora para espinafrar os seis vereadores que acabam de criar a Frente Parlamentar Armas pela Vida, mas só fez isto depois de dizer que não é contra o direito de alguém ter uma arma para se defender, desde que a arma fique em casa, seja de calibre reduzido e que o sujeito tenha treinamento. Ou seja: desde que não use a arma. Não é incomum acompanhar a retórica oblíqua de jornalistas, militantes e políticos, que costumam blindar-se antes de criticar. O editor media diariamente muitos leitores petistas, que iniciam da mesma forma suas críticas a notas que denunciam os ladrões petistas. O jornalista de Zero Hora faz isto no caso do movimento Armas pela Vida, cometendo a sandice de comparar tudo a um hipotético movimento Orgias pela Castidade. O que falta a Paulo Germano é mais coragem para assumir de frente as suas posições, coisa que não faltou aos vereadores que criaram a Frente Parlamentar. Os seis corajosos cidadãos com mandato são os seguintes: Valter Nagelstein, Comandante Nádia, Mendes Ribeiro, Wambert Di Lorenzo, Felipe Camozzato e Mônica Leal.